A China elevou para 13 o número de cidades com medidas de quarentena para evitar a proliferação do surto de coronavírus. Assim, aumentou para 40 milhões a quantidade de pessoas afetadas pelo isolamento. A principal delas é Wuhan, onde os primeiros casos da doença foram reportados em dezembro.
Nessas cidades, as redes de transporte – como aviões, ônibus e trens – foram suspensas e há restrição de acesso a locais públicos – o que tem revoltado moradores. Para autoridades, o risco de contaminações nos próximos dias é maior por causa do feriado do ano-novo lunar, que começou ontem, quando milhares de chineses viajam para visitar parentes ou se divertir.
Por medo de novas infecções, várias cidades, entre elas Pequim, cancelaram festividades e a prefeitura de Xangai disse que a Disneylândia da cidade será fechada a partir de hoje. Importantes pontos turísticos, como trechos da Grande Muralha e a Cidade Proibida, um palácio imperial, também foram fechados por tempo indeterminado.
Outra medida do governo para barrar o avanço das infecções é a construção de um hospital modelo pré-fabricado para pacientes da doença na cidade de Wuhan. Operários, além de dezenas de escavadeiras e caminhões, trabalham ininterruptamente para concluir a obra até 3 de fevereiro. Esse modelo foi criado durante o surto de síndrome respiratória aguda (Sars), entre 2002 e 2003. Em vários locais do país, moradores já se queixam da falta de equipamentos de proteção, como máscaras.
Pesquisas iniciais mostraram que cobras podem ser a origem da transmissão do vírus, mas autoridades de saúde chinesas dizem acreditar que morcegos e texugos são outras possíveis causas para explicar a disseminação da doença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.