A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS),tem trabalhado para aprimorar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Com essa gestão administrativa, a frota de ambulâncias passa por uma renovação completa e já dispõe de 18 unidades do Suporte Básico (USB) e cinco do Suporte Avançado (USA).
O coordenador geral do Samu, André Braga, fala sobre alguns dos projetos que foram implantados para a otimização do atendimento. “Um dos nossos desafios era qualificar o Samu junto ao Ministério da Saúde e conseguimos isso com a implementação de várias melhorias, como, por exemplo, a aquisição de equipamentos de proteção individual para os servidores, contratação de mais profissionais, descentralização das bases, convênio com oficina mecânica para garantir manutenção 24 horas nas ambulâncias e ainda a renovação total da frota’’, disse.
O investimento nesse serviço se dá pela importância que ele tem para a saúde da população. De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo do Samu é chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa gerar sofrimento, sequelas ou mesmo levar à morte. Podem ser consideradas urgências situações de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras.
Como funciona
O atendimento do Samu começa a partir do chamado telefônico para o número 192, quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. O serviço poder ser realizado em qualquer lugar como residências, locais de trabalho e vias públicas, para isso as equipes são formadas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas.
O assistente administrativo Alexandre Feliciano integra o serviço de telefonia do 192 que é onde o solicitante recebe o primeiro atendimento. ‘’Pegamos o nome do solicitante, número, endereço da ocorrência, perguntamos o que está acontecendo e passamos para o médico regulador tomar as providências de acordo com a prioridade para chamarmos a viatura’’, explica.
Ainda nesse primeiro contato, o paciente é transferido para o médico regulador. O médico regulador Jessie Willie Santana falou sobre esse processo. “Nós recebemos essas informações e conversamos com o solicitante via telefone. Através dessa conversa colhemos mais informações a respeito dos sintomas que o paciente apresenta, isso de uma forma sucinta, onde é tomada a decisão médica para enviar, caso necessário, um suporte técnico’’.
‘’Encaminhamos a ambulância conforme a necessidade do paciente, podendo ser uma unidade de suporte básico ou de suporte avançado. Temos muitas bases espalhadas pela cidade, e quando necessário, deslocamos a que estiver mais próxima do ocorrido’’, explica Eder Digues, socorrista e um dos responsáveis pela distribuição e envio das ambulâncias às ocorrências.
Já o socorrista Emerson Pereira Maloca compõe a equipe dos condutores das ambulâncias. Para ele, um ponto imprescindível para o bom atendimento é a cooperação no transito. “A ocorrência entra através da nossa chamada, em seguida, acionamos nossa equipe e vamos prestar o atendimento. Precisamos de muita agilidade nesse momento, porque sabemos que é uma vida que está precisando de socorro. Muitos condutores de veículos acabam nos atrapalhando, precisamos que fique liberado o lado esquerdo da via para trafegarmos com agilidade e segurança’’, diz.
O médico socorrista Frederic Bener fala da importância do atendimento eficaz para a saúde da vítima. “O processo de atendimento é crucial na vida do paciente, através desse processo nós temos que ter tempo e resposta ao tratamento iniciado. Após o primeiro contato com o paciente é feito um novo chamado com o médico regulador que irá direcionar o destino do paciente e o levaremos para a unidade que tenha condições de recebê-lo’’.