O acusado de matar uma adolescente dentro de uma escola, em Alexânia, vai a júri popular nesta quarta-feira (22/1). Misael Pereira de Olair será julgado por homicídio qualificado, por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição do sexo feminino. Raphaella Noviski Roman, de 16 anos, foi assassinada a tiros no dia 6 de novembro de 2017, dentro do Colégio Estadual 13 de Maio, onde estudava, por não aceitar namorar com o autor.
A audiência, presidida pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, diretor do Foro da comarca de Alexânia, está marcada às 8h30. O júri popular foi anunciado pelo magistrado em novembro de 2019.
Jovem invade escola, em Alexânia, e mata adolescente com 11 tiros por ela não aceitar pedido de namoro
O crime ocorreu no dia 6 novembro de 2017. Na ocasião, Misael chegou à escola por volta das 8h em um carro dirigido por uma amigo, identificado como Davi, pulou o muro e foi até a sala de aula onde estava Raphaella. Ele estava mascarado e, em um primeiro momento, a jovem e os colegas pensaram se tratar de uma brincadeira.
Misael sacou um revólver calibre 32 de uma mochila que carregava e atirou 11 vezes contra Raphaella. A maioria dos disparos atingiu a cabeça e a região da face da adolescente, que morreu no local. Após o crime, Misael deixou a escola também pelo muro e fugiu com o amigo que o esperava do lado de fora.
A Polícia Militar foi acionada e o autor e o comparsa de fuga foram presos em flagrante. Preso, Davi José de Souza, amigo de Misael, alegou que não sabia que ele cometeria o crime e que apenas o levou até a escola. De acordo com o juiz, Davi foi impronunciado, por considerar os “indícios da autoria duvidosos, incertos, frágeis, inconsistentes e superficiais”.
Acusado planejou morte de adolescente por 1 ano, diz polícia
Misael conhecia Raphaella desde 2012. Eles tinham contato por redes sociais, além de terem estudado na mesma instituição de ensino por um certo tempo. Misael tentou uma aproximação com o intuito de namorar com Raphaella, mas ela teria negado. Com isso, ele passou a “sentir ódio” de Raphaella e premeditou a morte da adolescente. Conforme as investigações, o acusado planejou o crime por 1 ano.
Raphaella Noviski Roman, de 16 anos, que cursava o 9º ano do ensino fundamental, era considerada uma menina meiga, carinhos estudiosa. Amigos e familiares relataram que ela sonhava em ser professora.