A Polícia Técnico-Científica de Goiás concluiu e apresentou nesta sexta-feira (10/1) o laudo sobre o rompimento da represa de uma fazenda em Pontalina, na região Central do estado. De acordo com a apuração, um temporal e falhas estruturais na barragem provocaram o acidente, ocorrido no dia 4 de janeiro. Conforme o documento, a falta de manutenção a estrutura também foi um agravante para o rompimento da barragem.
Nesta quinta-feira (9/1), o dono da represa que se rompeu na Fazenda São Lourenço foi multado em R$ 100 mil pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), por descumprimento da lei e agravantes. Ele ainda deve apresentar medidas a serem tomadas para a reativação do barramento ou, no caso de desistência do uso, apresentar plano de descomissionamento, com cronograma e documentação exigida por lei.
Ele foi autuado por: não realizar o cadastro da barragem no sistema da Semad; por problemas na descarga de fundo; por alterações irregulares no extravasor lateral (substituição das tábuas de madeira por um muro de alvenaria, que impossibilitou a regulação da vazão, agravada por danos em propriedades alheias); além de área inundada superior ao outorgado e falhas na manutenção da estrutura, agravado por prejuízos nas áreas abaixo da represa.
Represa se rompe em Pontalina
No dia 4 de janeiro, uma represa de uma fazenda se rompeu em Pontalina, na região Central de Goiás, durante um temporal. Após o rompimento, a Prefeitura de Pontalina publicou um alerta ao moradores, para o risco de rompimento de outras represas em propriedades privadas da cidade. No texto, o Município pediu ainda para que moradores que residem próximos a essas áreas de risco deixassem suas casas, para evitar a ocorrências de acidente.
Devido ao rompimento da represa, duas rodovias que dão acesso à cidade foram interditadas nesta segunda-feira (6/1). A GO-215 ficará fechada por 14 dias e a GO-040 ficará interditada pelo período de 40 dias. Segundo a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), foram feitas vistorias no locais, que constataram que as estruturas das pontes foram comprometidas.
O rompimento da represa destruiu a casa de um casal, que se salvou após se agarrar em galhos; outros moradores de outras três casas foram recolhidos em residências alugadas temporariamente pela prefeitura da cidade.