Um ônibus de viagem quebrou na BR-153, próximo à Uruaçu, e os 48 passageiros esperaram 36 horas por resgate às margens da rodovia. O caso ocorreu no último sábado (21/12). O veículo havia saído das regiões Norte e Nordeste do país e seguia para São Paulo. Os passageiros tinham de 1 a 85 anos de idade.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os passageiros provenientes de cidades do Piauí, Maranhão, Pará e Tocantins seguiam com destino a São Paulo quando o veículo quebrou.Após o ocorrido, agentes da PRF compareceram ao local, comunicaram o fato à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e somente na manhã desta segunda-feira (23/12), por volta das 5h, um outro veículo chegou para dar continuidade à viagem.
Passageiros esperaram por quase 40 horas, na BR-153, somente com refeição básica oferecida pela empresa
Os passageiros ficaram indignados com a situação. Durante as 36 horas de espera eles ficaram às margens da rodovia, em um posto de combustíveis, onde apenas as alimentações básicas foram servidas aos viajantes, custeadas pela empresa de viagem.
Os ocupantes do veículo relataram aos agentes que tiveram que dormir ao relento, em bancos de cimento, ou colchões colocados no chão do estabelecimento, sendo que alguns idosos começaram a passar mal. Somente hoje, quase 40 horas após o incidente, eles seguem em outro coletivo para a capital paulista.
Com suspeita de incêndio, motorista abandona passageiros às margens da BR-153
Outro caso semelhante ocorreu na BR-153, no último dia 16. Na ocasião, o motorista de um ônibus de turismo abandonou os passageiros às margens rodovia, a cerca de 50 quilômetros de Goiânia, pois havia uma suspeita de incêndio no veículo. Conforme informações da PRF, o ônibus, que estava vindo de São Paulo, teve uma pane mecânica na rodovia e deixou 46 passageiros desamparados no local.
Os passageiros, que tem diversos estados como destinos, sendo Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí; o ônibus saiu no domingo (15/12) de São Paulo e já apresentava diversos defeitos. Durante a madrugada, o veículo precisou para quando apresentou uma suspeita de incêndio, pois estava com muita fumaça.
Diante disso, o motorista saiu do veículo e disse que ia buscar solução, mas não retornou até o momento em que a PRF esteve no local. Além disso, os passageiros também não tinham nenhuma informação sobre o que aconteceria nas próximas horas.
A empresa responsável pela linha foi acionada e ofereceu ajuda aos clientes. Além de trabalhadores da construção civil em férias, entre os passageiros estão alguns idosos e mulheres com crianças de colo. Vários deles alegaram não ter recursos para o pagamento de refeições.