O aumento de casos constatados de motoristas bêbados trafegando pelas BRs que cortam o estado de Goiás pegou carona na subida vertiginosa do número de recusas por parte dos condutores para realização do teste do bafômetro, segundo dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Conforme a corporação, foram 569 casos confirmados de motoristas embriagados nas rodovias no ano passado contra 642 neste ano, o que representa uma variação de 12,8%. Em contrapartida, a PRF registrou 1.050 casos de recusas ao teste do bafômetro em 2018 contra 1.918 em 2019, um aumento de 82,7% de situações do tipo.
Os números divulgados pela PRF apontam um aumento considerável de casos de embriaguez ao volante nas rodovias goianas. Só em Goiânia, segundo a PRF, foi registrado o aumento de 36 casos de autuações em flagrante por embriaguez ao volante. Foram 36 casos do tipo em fevereiro de 2018 contra 72 em fevereiro deste ano.
Ainda segundo a PRF, foram registrados 36 casos de autuações em flagrante por embriaguez ao volante em janeiro de 2018, contra 64 em janeiro de 2019.
Motoristas bêbados recusam fazer teste do bafômetros na tentativa de não irem presos, diz PRF
Quanto ao número de recusas para fazer o teste do bafômetro, o inspetor Newton Morais, da PRF, explica que se trata de uma estratégia do condutor que está bêbado para não ir para a cadeia. “Geralmente, a pessoa se recusa a fazer o teste porque, dependendo do teor alcoólico, ela já vai presa”, conta. Entretanto, de acordo com o inspetor, em casos em que a embriaguez é nítida, o motorista é detido e conduzido para o Instituto Médico Legal (IML), onde se constata o teor exato de álcool no sangue e, daí, são tomadas as devidas providências.
A embriaguez ao volante, de acordo com a PRF, é um dos principais causadores de acidentes com feridos e vítimas fatais nas rodovias.
O inspetor da PRF informou que a corporação está trabalhando agora com um novo modelo de aparelho para teste de alcoolemia. Segundo ele, o novo aparelho é capaz de acusar o nível de álcool presente no sangue do indivíduo em apenas seis segundos, enquanto os antigos costumam levar até um minuto para fazer essa medição.