O governo de Goiás, através da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), revogou nesta quinta-feira (12/12) as restrições de captação e uso da água em propriedades na Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte. A decisão do fim do racionamento de água, estabelecida por Portaria publicada hoje, veio em virtude do aumento da vazão do rio, que está acima dos 6 mil litros por segundo desde a última semana.
A medida publicada, na prática, encerra a Operação de Enfrentamento da Crise Hídrica em 2019 por parte do governo estadual. Conforme a Semad, o objetivo do governo no período crítico era manter a vazão do Rio Meia Ponte acima dos 2 mil litros por segundo, para evitar o racionamento de água e também uma possível interrupção da produção rural e industrial na região.
A operação foi concluída no último dia 12 de novembro, com divulgação do balanço final e homenagem aos servidores envolvidos na mobilização, que reuniu profissionais da Semad, Batalhão Ambiental, Corpo de Bombeiros e produtores rurais da Bacia do Rio Meia Ponte. Ao todo, foram 21 mil ações em 89 dias de fiscalização intensiva e controle na bacia.
Racionamento de água teve fim com regularização do período de chuvas
A Secretaria informou que durante a mobilização para evitar o racionamento de água em Goiânia e região metropolitana, o governo do Estado determinou que produtores rurais reduzissem em 50% a captação de água outorgada, além de vincular horários de irrigação com a vazão média registrada no dia. Assim, caso a vazão estivesse acima de 2.300 l/s, os produtores podiam irrigar das 19h às 3h. Entre 1.800 l/s e 2.300 l/s, o horário ficou restrito ao período entre 19h e meia-noite ou 22h e 3h, conforme opção do usuário. Caso a vazão estivesse entre 1.300 l/s e 1.800 l/s, a irrigação poderia ser feita entre 20h e 23h ou 23h e 2h. Se o volume registrado fosse abaixo dos 1.300 l/s, ficava suspensa o uso da água para irrigação.
A secretária Andréa Vulcanis disse que o retorno das atividades normais no campo dependia da solidificação do tempo chuvoso, e que Goiás teve “precipitações irregulares em novembro, em comparação com anos anteriores”, de modo que foi preferível “a cautela até que as chuvas se estabelecessem de forma mais firme”, aponta. “Com a média da vazão se mantendo acima dos 6 mil litros por segundo desde a semana passada, decidimos liberar a captação e o uso normal da água na bacia”, completa.