Se apresentou à Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (10/12), Edivânio José da Silva, que matou o ex-genro, Matheus Barbosa da Paixão, de 22 anos, para defender a filha de agressões. O caso ocorreu no último sábado (7/12), no Setor Morada do Sol, em Goiânia. Ele passa por interrogatório na Delegacia de Homicídios.
Em entrevista, o delegado Rildo Braga, responsável pelo caso, explicou que Edivânio deveria responder por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo, mas como é um caso muito específico, no qual atirou contra o ex-genro para defender a filha, ou seja, em legítima defesa, ele não deve responder pelos crimes.
Homem matou ex-genro para defender filha, em Goiânia; jovem foi espancada e esfaqueada
O caso ocorreu no último sábado (7/12). Matheus Barbosa da Paixão invadiu a casa da ex-namorada pulando o muro. No momento do ocorrido, a ex falava com a mãe por ligação; o rapaz pegou o telefone das mãos da jovem e disse à ex-sogra que mataria ‘todo mundo’.
Matheus espancou a ex-namorada e no momento em que a esfaqueava o ex-sogro entrou na casa e ao presenciar a cena na sala acabou atirando contra ele. O jovem, que já tinha passagens por tráfico de drogas, receptação, desacato e roubo, morreu no local. Ele ela monitorado por tornozeleira eletrônica.
A jovem agredida e esfaqueada foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Ela já recebeu alta médica.
Legítima defesa
Conforme o Art. 23, inciso II, e o Art. 25 do Código Penal Brasileiro, a legítima defesa é considerada um Excludente de Ilicitude, ou seja, uma exceção em que uma pessoa não é responsabilizada legalmente por um ato, como no caso, um homicídio. Em situações em que a agressão é atual ou iminente, o cidadão pode utilizar os meios necessários para defender a si ou a terceiros, estando resguardado pela Lei.