Um empresário de Catalão, município a 260 quilômetros de Goiânia, foi preso em flagrante durante uma operação deflagrada na tarde da última segunda-feira (9/12) pelo Comando de Operações de Divisas (COD) da Polícia Militar. O homem é suspeito do crime de receptação de uma carga de mais de 20 toneladas de fertilizantes, que teria sido desviada de uma multinacional.
A operação foi realizada em conjunto com a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar). Conforme adiantado por um veículo local, segundo a Polícia Militar, no interior de uma indústria do município, foram apreendidas 24 toneladas de fertilizantes furtados que eram desviados, mediante fraude, de uma multinacional situada em Araguari, em Minas Gerais, com a participação de motoristas transportadores.
Segundo uma denúncia feita pelos proprietários do estabelecimento alvo do roubo, de acordo com a polícia, ao menos 15 cargas tinham sido desviadas por funcionários.
Diante da denúncia, a polícia conseguiu localizar um dos motoristas enquanto fazia a entrega para um empresário de Catalão. O motorista conseguiu fugir, mas o empresário receptador da carga, que não teve a identidade revelada, foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia local.
As investigações iniciais mostram que pelo menos quatro motoristas estavam envolvidos no roubo, mas nenhum foi preso até o momento.
Além de empresário de Catalão, outro foi alvo de uma operação em Goiânia por suspeita de emissão de notas frias
No início de outubro deste ano, um empresário do ramo da construção civil de Goiânia foi o alvo de uma operação realizada através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT). O empresário emitia notas frias como forma de sonegar imposto do ISSQN, e enganava clientes com um escritório que não existia em endereço divulgado.
Batizada de Operação Estilo, a ação policial cumpriu, na época, mandado de busca e apreensão na residência do empresário identificado somente pelas iniciais J.F.S., onde foram encontradas diversas provas dos crimes investigados. Conforme a polícia, as investigações apontaram que o empresário vinha emitindo notas fiscais inidôneas, nos modelos antigos de blocos, que não são permitidos desde 2015.
Fazendo isso, o empresário conseguia driblar o pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). As investigações apontaram que o investigado J.F.S. emitiu as notas frias em diversos locais, inclusive em serviço realizado para a prefeitura de Inhumas.
O empresário indicava como sede de seu estabelecimento escritório no Edifício Nasa Business Style, localizado em bairro nobre de Goiânia. Entretanto, sua empresa não tinha endereço no local especificado, tratando-se de, segundo a polícia, “pura enganação com finalidade de ludibriar e cooptar clientes”.
Na ocasião, o investigado passou a responder pelos crimes de sonegação tributária e uso de documento falso, além de ter que arcar com pagamento de todos os impostos devidos.