O homem acusado de torturar e matar dois jovens em Vicentinópolis, no interior de Goiás, foi extraditado dos EUA na última semana, país onde estava vivendo desde o início das investigações. O crime aconteceu em fevereiro de 2018, e desde então Bruno de Pádua Godói residia em Nova York.
A extradição dos Estados Unidos de Bruno, acusado de homicídio, ocorreu após pedido da juíza em substituição da comarca de Pontalina, Ana Paula Tano.
Conforme adiantado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), a segregação preventiva havia sido requerida pela titular de Pontalina, juíza Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes, em janeiro deste ano, que oficiou a International Criminal Police Organization (Interpol) sobre a denúncia de Bruno, autorizando publicação de ordem prisional com vistas à Difusão Vermelha.
A medida trata-se de um alerta internacional sobre o mandado de prisão em aberto.
Crime cometido pelo homem extraditado dos EUA teria sido motivado por motocicleta emprestada
Segundo informações do TJ-GO, a denúncia conta Bruno de Pádua narra que no dia 3 de fevereiro do ano passado, o acusado participou do assassinato e da tortura de Vinícius Soares da Silva e Peter Lucios Mariano Pontes, ambos de 18 anos, encontrados mortos num canavial localizado em Vicentinópolis.
O acusado, junto com Juvenal Pereira da Silva, Mário Vieira Neto, João Carlos Lucas dos Santos, Adilson Egues Deluqui e Deire Fernandes de Goiás, teria tentado reaver uma motocicleta que havia sido emprestada a Paulo César, que era amigo das vítimas.
No dia do crime, o grupo de acusados seguiu para a casa de Paulo César, mas, no local, encontraram os amigos Vinícius e Peter, que foram levados a um local ermo e torturados, para indicar o suposto paradeiro do veículo. Em juízo, o crime foi confessado por Juvenal, Mário e Deire, que indicaram participação de Bruno como um dos autores dos disparos contra as vítimas.