Além de causar a queda do técnico Mano Menezes, a derrota por 3 a 1 para o Flamengo, neste domingo, também determinou a demissão do diretor de futebol Alexandre Mattos. Depois da queda de produção do Palmeiras no Campeonato Brasileiro e o término de temporada sem nenhum título, a situação do dirigente ficou insustentável.
“O ciclo hoje se encerra”, disse o presidente Maurício Galiotte em coletiva de imprensa no Allianz Parque. “O Palmeiras pensa agora num modelo diferente para o próximo ano, uma forma diferente de ver o futebol. Vamos contratar outro profissional para a posição. O Palmeiras continua com a mesma filosofia. Vamos ao mercado buscar o melhor profissional na nossa avaliação para dar continuidade ao nosso projeto em 2020”, acrescentou o mandatário.
Mattos vinha sendo o principal alvo de protestos. A maior reclamação da torcida alviverde se refere ao rendimento da equipe em função das contratações. No jogo de domingo, a diferença técnica e tática entre os dois times ficou evidente apesar de investimentos semelhantes. Enquanto o Flamengo desembolsou R$ 180 milhões, o time alviverde gastou quase R$ 140 milhões em reforços nesta temporada.
Mattos estava no cargo de diretor de futebol desde 2015. Nesses quatro anos e meio, o clube foi campeão duas vezes do Campeonatos Brasileiros (2016 e 2018) e faturou a Copa do Brasil em 2015. Ele contratou cerca de 70 jogadores, número alto de acordo com os críticos. O dirigente atuou também em vendas importantes, como as de Keno, Gabriel Jesus e Mina. A falta de um título da Libertadores foi fundamental para o acirramento das cobranças e a queda do dirigente.
Mattos tinha contrato com o Palmeiras até o fim de 2021. Na semana passada, antes da derrota para o Grêmio, também na arena, o dirigente chegou a bancar Mano Menezes para 2020. A situação mudou nos últimos jogos, com as derrotas para o Fluminense e Flamengo.
“A questão da mudança da semana passada para essa… Temos de fazer 2020 diferente, com atitude, postura, entrega, comprometimento. Isso faltou. Não tivemos nos últimos jogos, e o responsável é o presidente. Temos de tomar no momento que a gente entende. É o momento que a gente entende que tem de fazer de diferente”, analisou Galiotte.