O Sindsaúde de Goiás publicou uma nota nesta oficial nesta sexta-feira (22/11) a respeito da lista de remoção de 276 servidores concursados do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-GO). Para a presidente do sindicato, Flaviana Alves, a ação é “desrespeitosa com esses trabalhadores.”
Mudança ocorre próximo a data em que o Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública (INTS) assumirá a gestão da unidade, atualmente feita pelo Instituto Haver. No texto do Sindsaúde, a presidente questiona para onde os servidores serão removidos, ressalta que muitos podem ser desviados de suas funções.
O sindicato diz que já levou o caso ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) e também protocolou uma ação judicial para impedir a “remoção indiscriminada de servidores”. O próximo passo, segundo Flaviana, é “apresentar a lista à Justiça com intuito de que os magistrados possam compreender a gravidade destas mudanças.”
“É preciso mais respeito”, defende Sindsaúde sobre lista de remoção de 276 servidores do Hugo
Leia o texto na íntegra:
O Sindsaúde tem acompanhado atentamente os desdobramentos da mudança de gestão do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). No próximo dia 1º, o INTS assumirá a gestão que atualmente é feita pelo Instituto Haver.
A presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, voltou ao Hugo nesta sexta-feira (22) e obteve cópia da lista divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) com os nomes dos 276 servidores concursados que serão removidos da unidade.
Flaviana fez críticas à decisão da SES. “Essa remoção é desrespeitosa com esses trabalhadores que há muitos anos desempenham suas atividades nesse hospital e irresponsável porque comprometerá o quadro de profissionais e o atendimento aos pacientes”.
A presidenta explica que, mesmo que a nova gestão contrate outros trabalhadores para ocuparem as vagas, o atendimento poderia ficar comprometido porque seria necessário um tempo para que esses novos profissionais se adaptem.
Outro alerta do Sindsaúde é em relação ao destino dos servidores removidos. “Para onde esses profissionais irão? Certamente, muitos serão colocados em desvio de função porque a SES não tem local para remanejá-los possibilitando-os desempenhar a mesma função”, advertiu.
Ação judicial
O Sindsaúde já levou o caso ao Ministério Público e também protocolou uma ação judicial para impedir a remoção indiscriminada de servidores. “É preciso mais respeito com esses profissionais. São esses trabalhadores concursados quem mantêm o hospital funcionando quando as OSs deixam de pagar ou demitem seus colaboradores”, defendeu Flaviana.
A dirigente ressalta que os servidores que estão sendo removidos desempenham atividades fundamentais no hospital e que o Sindicato irá apresentar a lista à Justiça com intuito de que os magistrados possam compreender a gravidade destas mudanças. Além disso, Flaviana explica que o departamento do jurídico da entidade está à disposição para que o trabalhador entre com sua ação individual e que é muito importante que o servidor tome essa iniciativa.
Os interessados podem agendar o atendimento jurídico pelo telefone (62) 3995-6910. Os atendimentos são realizados na sede do Sindsaúde, na Rua 26, 521, Bairro Santo Antônio, em Goiânia, no horário comercial (das 8 às 12h e das 13 às 17h).
Terceirização
Para o Sindicato, a postura comercial destas organizações tem produzido nas unidades de saúde um ambiente de trabalho tenso e precarizado. Nesse sentido, além do apelo à Justiça para garantir os direitos dos servidores, o Sindsaúde tem promovido diversas ações que visam conscientizar profissionais e usuários sobre os efeitos nocivos da política de terceirização.