Dos Estados Unidos, a filha do dono da Borges Landeiro, Camila Landeiro Borges, divulgou uma nota à imprensa na qual se manifesta sobre a operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) em que ela, seu pai, Dejair Borges, e outras 10 pessoas, incluindo cinco advogados, tiveram a prisão autorizada pela Justiça.
Na nota, Camila esclarece que ao contrário do que está sendo divulgado, ela não está em viagem aos EUA, mas vive lá desde o ano passado. Ela diz ainda que só tomou conhecimento dos acontecimentos da Operação Máfia da Falência, deflagrada na última quinta-feira (21/11) para apurar fraudes a credores e lavagem de capitais, antes, durante e após processos de falências e recuperações judiciais, no dia em que a operação foi deflagrada.
Durante a operação foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 26 de busca e apreensão, e 26 ordens/mandados de sequestro de bens, inclusive de várias propriedades rurais e de uma aeronave Piper Aircraft. Foram também bloqueados bens dos investigados, até o montante de R$ 500 milhões, o dobro do valor da dívida do grupo empresarial, montante este, conforme a magistrada, que servirá para a reparação dos danos materiais e/ou morais causados aos credores.
A investigação vem sendo desenvolvida há cerca de oito meses e, em sua primeira etapa, abrange crimes cometidos antes e durante a recuperação judicial do grupo empresarial Borges Landeiro, a qual deverá ser concluída nos próximos dias. Conforme apurado até o momento, a organização criminosa está, didaticamente, subdividida em quatro núcleos: o “financeiro”, o “empresarial”, o “jurídico” e o “de fachada ou de laranjas”. Esses núcleos interagiam e se intercomunicavam, formando uma verdadeira rede criminosa com estrutura permanente e compartimentada.
Leia na íntegra a nota divulgada pela filha do dono da Borges Landeiro
Em atenção à imprensa e à sociedade, em virtude de notícias veiculadas pela mídia na data de ontem (21.11.19), venho por meio desta nota esclarecer e informar o que segue:
Embora esteja sendo noticiado que estou “em viagem” aos EUA, a verdade dos fatos é que aqui resido desde o dia 25.12.2018. A última data que estive no Brasil foi no dia 24.12.2018. Portanto, me encontro afastada da direção da empresa Borges Landeiro.
Informo ainda que tomei conhecimento das acusações somente na data de ontem e providenciarei minha ida ao Brasil o quanto antes, a fim de prestar todas declarações que forem necessárias para o esclarecimento dos fatos.
Por fim, esclareço que já constitui advogado para que este encaminhe ao Poder Judiciário os documentos contendo meu atual endereço no exterior, me colocando assim à inteira disposição da justiça brasileira para contribuir com a investigação instaurada.