Um vereador de Novo Gama foi preso na noite desta segunda-feira (18/11), suspeito de facilitar a fuga de um preso de alta periculosidade do presídio de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Na ocasião, o detento saiu pela porta da frente do Casa de Prisão Provisória (CPP) da cidade. Christovam Machado (PSDC) se entregou à polícia na noite de ontem, após negociações da defesa com a Polícia Civil.
O político estava foragido desde setembro, quando foi determinada sua prisão provisória. De acordo com a corporação, o vereador já foi encaminhado à Unidade Prisional De Valparaíso de Goiás, também no Entorno, onde encontra-se à disposição do Poder Judiciário.
Antes de se entregar, o vereador publicou um vídeo em uma rede social, anunciando a decisão de se “entregar voluntariamente”. Nas imagens, Christovam se diz inocente e reforça confiar na justiça.
https://www.facebook.com/christovammachado2020/videos/535967537226429/
Segundo as investigações, o parlamentar trabalhava como vigilante temporário da unidade prisional de Luziânia e junto com três indivíduos, entre eles um agente prisional e um ex-diretor regional, teria participado do esquema que viabilizou a fuga do detento Rodolfo de Lima Pereira, que continua foragido.
Preso de alta periculosidade deixa presídio de Luziânia pela porta da frente
A fuga do preso de alta periculosidade ocorreu na manhã do dia 7 de agosto. Rodolfo de Lima Pereira, de 36 anos, que cumpria pena por três crimes de homicídio, três de roubo, além de associação criminosa, conseguiu fugir do presídio de Luziânia pela porta da frente. Ele realizava trabalhos de manutenção de pintura na CPP quando deixou a unidade.
Em setembro, dias após o ocorrido, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciaria (DGAP) informou, por meio de nota, que a instituição colaborou com a Polícia Civil nas investigações desde o início, e que abriu procedimentos internos e criminais para a punição dos responsáveis pela fuga.
Leia abaixo:
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciaria (DGAP) informa que, por determinação do Diretor-Geral, Coronel Wellington Urzeda, a instituição colaborou com a Polícia Civil desde o início das investigações sobre o caso que desencadeou a Operação Redenção, tendo ainda designado a Corregedoria Setorial do órgão para acompanhar, de perto, os cumprimentos de mandados de prisão de servidores penitenciários investigados, em Luziânia, sob suspeita de facilitação de fuga de presos. A DGAP abriu procedimentos internos, na forma da lei, para que haja também a apuração administrativa, além da criminal, para a aplicação das sanções cabíveis.