O projeto de lei que autoriza a venda de até 49% das ações da Saneago aguarda sanção do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). A matéria foi aprovada em segunda e última votação, nesta quinta-feira 97/11), no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Para os parlamentares da base do governo, a abertura de capital trará novos investimentos para a estatal e que mesmo com a comercialização de parte das ações, o Estado continuará no controle da empresa. De acordo com o deputado Major Araújo, que subiu à tribuna para defender a Oferta Pública Inicial de Ações [IPO] da Companhia, a medida, já adotada por grandes empresas de saneamento, resulta em crescimento.
Durante a votação, o parlamentar ressaltou ainda que a gestão estadual está certa em buscar fontes alternativas para sanar os problemas causados pelo déficit. “Li a matéria e entendo as razões do Estado em vender as ações. O sonho de toda Companhia é entrar para o mercado de ações”, pontuou.
Os deputados Álvaro Guimarães, Henrique César, Wagner Neto e Humberto Teófilo também defenderam o projeto que permite a venda de até 49% das ações da Saneago.
Mesmo com venda de até 49% das ações, Saneago não será privatizada garante Caiado
Como reforçado por Caiado, a Saneago não será privatizada. “A Saneago continuará tendo o comando, com a preservação de 51% de suas ações. Buscamos dar musculatura à Companhia para não ceder espaço a outras empresas privadas que querem apenas [atuar] nas grandes cidades, deixando de lado mais de 100 municípios goianos que ficariam sem atendimento e água de qualidade”, ressaltou o governador.
Em concordância, o presidente da Companhia, Ricardo Soavinski, afirmou que o comando ficará com o Governo, que será detentor de 51% das ações da empresa. “Não é privatização. O comando fica com o Estado”, disse ele em audiência pública realizada no último mês.
Soavinski, após a votação do projeto, explicou ainda que a autorização de venda das ações já estava prevista desde a criação da empresa e que o projeto de lei enviado para a Assembleia apenas moderniza a negociação para os dias atuais. “Não é uma nova lei, não está se autorizando. Isso já está autorizado há mais de 50 anos, quando foi criada a empresa. Está na lei de criação da empresa essa possibilidade”, concluiu.