O médium João de Deus recebeu sua primeira condenação nesta quinta-feira (7/11) pelo crime de posse ilegal de arma de fogo em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal.
Nesta condenação, ele deve responder a 4 anos de prisão em regime aberto. Além de João de Deus, Ana Keyla Teixeira, esposa dele, também era ré no processo, porém foi absolvida.
Apesar da decisão, o médium continua preso, pois ainda é acusado por crimes sexuais cometidos durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
A defesa de João de Deus disse que vai recorrer da decisão, pois, apesar de poder responder pelo crime arbitrado em liberdade, a juíza Rosângela Rodrigues manteve a prisão. Sendo assim “um nítido contrassenso, aplicou regime mais brando e impôs a prisão em regime fechado ao meu cliente”, afirmou a defesa.
O processo segue em segredo de justiça, por isso, não foram divulgadas maiores informações sobre a sentença. João de Deus permanece preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
Crimes cometidos por João de Deus
O Ministério Público de Goiás ofereceu 11 denúncias contra João de Deus, sendo elas: Cinco por crimes sexuais; uma por crimes sexuais, corrupção de testemunha e coação; uma por crimes sexuais e falsidade ideológica; duas por posse ilegal de armas de fogo e munição.
O médium foi preso no dia 16 de dezembro de 2018, em março ele ficou internado por mais de dois meses em um hospital de Goiânia e no dia 6 de junho a Justiça determinou que ele voltasse ao presídio.
A defesa vem tentando que ele seja transferido para prisão domiciliar, mas todos os pedidos foram negados.
No pedido de prisão preventiva, ao qual a TV Anhanguera teve acesso, relata que o médium tinha um comportamento padronizado nas agressões sexuais, “se aproveitava” de “mulheres fragilizadas” criando uma “atmosfera intimidatória” e que houve até “penetração”.