Um comerciante de 36 anos foi preso na tarde desta terça-feira (5/11) suspeito de molestar mais de 20 funcionárias, em Piracanjuba, na região sul de Goiás.
A prisão foi feita pela Polícia Civil (PC) de Piracanjuba, sob a coordenação do Delegado Leylton Barros, cumprindo o mandado de prisão temporária contra o homem, identificado pelas iniciais R.A.A, pela suposta prática dos crimes de importunação sexual, assédio sexual e tentativa de estupro.
Conforme informações, as vítimas são funcionárias e ex-funcionárias de um restaurante, com idades entre 16 a 25 anos. Até o momento, mais de 10 mulheres já foram ouvidas e outras vítimas e testemunhas devem ser ouvidas nesta quarta-feira (6/11) e nos próximos dias.
Como aconteceu o caso do comerciante preso suspeito de molestar cerca de 20 funcionárias, em Piracanjuba
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi descoberto após o recebimento de denúncias anônimas. Diante disso, a PC instaurou um inquérito policial para apurar os fatos.
Segundo as investigações, o autuado, que é empresário no ramo de restaurante em Piracanjuba, utilizava da sua hierarquia na empresa para praticar os abusos sexuais contra suas funcionárias.
Durante depoimento à polícia, todas as mulheres ouvidas contaram que já foram vítimas de abusos e importunações sexuais cometidas pelo homem. Tudo isso acontecia no próprio estabelecimento comercial.
Segundo o delegado, as vítimas tinham medo de denunciá-lo, pois poderiam perder o emprego e até mesmo ser prejudicadas, já que ele possui uma condição financeira privilegiada.
A Polícia acredita que ele já escolhia as possíveis vítimas durante o processo de seleção, antes de serem contratadas. Até o momento, uma tentativa de estupro já foi confirmada, onde ele teria tirado a roupa da vítima para tentar estuprá-la.
Conforme as investigações da PC, o número total de vítimas pode chegar a mais de 20. Todas que já foram identificadas devem ser ouvidas nos próximos dias.
No momento da prisão, os agentes também fizeram a apreensão de diversos equipamentos eletrônicos, que serão periciados para descobrir outros elementos relacionados ao crime.
O comerciante, que não tinha antecedentes criminais, foi encaminhado para para a Unidade Prisional de Piracanjuba, onde deve ficar preso preventivamente por 30 dias. Caso seja condenado, a pena para cada crime pode chegar até 7 anos.