Um menor de 17 anos foi apreendido suspeito de estuprar e matar um dos enteados, um menino de 2 anos. O crime ocorreu na madrugada deste domingo (3/11), no Setor Eldorado Oeste, em Goiânia. A mãe da criança foi presa por abandono de incapaz, qualificado pelo resultado morte. Segundo a Polícia Civil, ela passou o dia fora de casa e deixou os filhos aos cuidados do companheiro.
Por volta de 2h do domingo, a Polícia Militar foi acionada para comparecer a casa onde a mulher morava com o namorado, um menor de 17 anos, e os dois filhos, um de 2 e outro de 4 anos. No local, o Corpo de Bombeiros havia constatado a morte de uma criança, que apresentava hematomas pelo corpo. No momento do crime, as crianças estavam sob os cuidados do padrasto, que foi conduzido à delegacia, assim como a mãe das crianças, que havia acabado de chegar em casa.
De acordo com laudo cadavérico, o menino de 2 anos foi morto por asfixia por esganadura, além de apresentar lesões por abuso sexual. Na Central de Flagrantes, a Polícia Civil descobriu que, há poucos dias, a família da vítima constatou que ela havia sido agredida fisicamente pelo padrasto, e mesmo assim a mãe deixou os filhos com ele.
Mãe de menino de 2 anos, estuprado e morto, sabia que companheiro o agredia: “pra mim ele tinha mudado”
A mãe do menino de 2 anos, identificada como Ingrid Silva Marinho, de 21 anos, foi autuada pela prática do crime de abandono de incapaz, qualificado pelo resultado morte, por ter deixado o filho de 2 anos de idade sob responsabilidade do companheiro, um adolescente de 17 anos. Ela deve passar por audiência nesta segunda-feira (4/11).
Por ser menor, o suspeito de estuprar e matar a criança foi apreendido e autuado por atos infracionais equivalentes aos delitos de estupro de vulnerável e homicídio qualificado. Em depoimento formal, de acordo com o delegado Hellyton Carvalho, o padrasto do menino de 2 anos ficou em silêncio, mas para a namorada, ele negou os crimes.
Em entrevista ao portal de notícias G1, Ingrid disse que se sente culpada. Ela confirmou que o namorado já havia agredido o menino com mordidas, mas prometeu que não faria mais. “Pra mim ele tinha mudado, ele falou que não ia fazer mais, acreditei nele e quebrei a cara. Ele me falava que as mordidas não eram pra machucar, mas que era carinho. No fundo não acreditava, mas deixei passar porque esperava que ele ia mudar”, afirmou a mãe da criança à reportagem.
No dia do crime, ela havia passado o dia na casa de uma amiga. Durante a madrugada, conforme relato dela, o namorado ligou dizendo que o menino estava passando mal. Quando chegou em casa a criança já estava na ambulância do Corpo de Bombeiros e a PM já havia sido acionada.