Em 12 meses, a qualidade das rodovias brasileiras piorou, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT). No período, o número de pontos críticos identificados ao longo dos 108.863 quilômetros pesquisados aumentou 75,6%. No ranking dos dez piores trechos, Goiás apresenta a BR-158, que liga Jataí a Piranhas, GO-174, entre Rio Verde e Iporá. Ambas as rodovias são classificadas como ruins.
Conforme o levantamento, divulgado nesta terça-feira (22/10), 9,2% das rodovias do estado apresentam péssimas condições; 26,5% estão em ruim estado de conservação; 34,9% regular; 26,2% consideradas boas; e apenas 3,2% ótimas. Ao todo, 59% da malha rodoviária pavimentada brasileira é considerada regular, ruim ou péssima.
Até junho deste ano, foram identificados 797 pontos críticos nas rodovia do país, sendo sendo 130 erosões na pista, 26 quedas de barreira, duas pontes caídas e 639 trechos com buracos grandes. Ainda de acordo com o estudo, apresenta problemas em 52,4% da extensão avaliada; 47,6% têm condição satisfatória; e 0,9%, o pavimento está totalmente destruído.
Com a má qualidade das pistas, o custo operacional do transporte aumenta em 35,2% em Goiás. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos. De acordo com a CNT, o acréscimo médio estimado em todo o Brasil é de 28,5%. Em rodovias com pavimento em péssimo estado de conservação, esse acréscimo chega a ser de 91,5%.
Segundo pesquisa, 70,6% das rodovias de Goiás apresentam algum tipo de problema
Foram analisados em Goiás 7.506 quilômetros, onde constatou-se que 70,6% da malha rodoviária pavimentada apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima Em relação ao pavimento, o estado apresenta problemas em 57,8% da extensão avaliada. Em 0,3%, o pavimento está totalmente destruído.
Quanto a sinalização, 66,6% da extensão é considerada regular, ruim ou péssima. 33,4%, ótima ou boa. A faixa central é inexistente em 6,2% da extensão e as faixas laterais são inexistentes em 12,4%. Falta acostamento em 55,4% dos trechos avaliados. Nos trechos com curvas perigosas, em 33,4 % não há acostamento.
O levantamento aponta ainda que para recuperar as rodovias em Goiás, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 4,27 bilhões. Dos R$ 282,37 milhões em recursos autorizados pelo governo federal para infraestrutura rodoviária especificamente em Goiás em 2019, foram investidos R$ 129,68 milhões até setembro, o que corresponde a 45,9%.