A Polícia Civil de Goiás (PC-GO), através da Delegacia de Buriti Alegre, concluiu o inquérito que investiga o acidente no Lago das Brisas, em agosto deste ano. Diante das circunstâncias, ficou comprovado que o piloto do helicóptero que caiu em Buriti Alegre estava bêbado e não tinha plano de voo.
De acordo com o Delegado Ricardo Chueire, responsável pelo caso, após perícia, ficou constatado que o helicóptero não apresentava nenhuma falha mecânica e a manutenção estava em dia.
Após a realização do exame cadavérico, a PC fez o exame de alcoolemia e comprovou que o piloto, Ricardo Barros, havia ingerido bebida alcoólica e não tinha condições de assumir o comando da aeronave.
Um servidor do Corpo de Bombeiros também havia visto o piloto ingerindo bebidas alcoólicas mais cedo naquela região, ele teria tentado intervir, mas Ricardo acabou escapando.
Conforme o Delegado, ainda que o piloto não tivesse ingerido bebida alcoólica, não poderia realizar voos naquela região, pois não era local permitido para a realização de voos noturnos (VFR).
Ao fim do inquérito, ficou concluído que ninguém será responsabilizado, uma vez que o único responsável pelo acidente seria o piloto, que seria indiciado por homicídio culposo, mas com a morte, será extinta a responsabilização.
Veja o vídeo completo onde o Delegado Ricardo Chueire apresenta mais detalhes sobre a conclusão do inquérito:
Relembre o caso do piloto de helicóptero que caiu em Buriti Alegre
O acidente aconteceu no dia 24 de agosto, quando o helicóptero, que carregava o piloto mais três pessoas, caiu no Lago das Brisas, em Buriti Alegre.
Na ocasião, uma pessoa sobreviveu ao acidente. Em depoimento, ela lembrou que foi arremessada da aeronave antes da queda.
Segundo o delegado Ricardo Chueire, responsável pelo caso, a sobrevivente contou que ouviu um estrondo, logo a aeronave perdeu sustentação e logo em seguida caiu. Ela conseguiu nadar até um determinado local, onde pediu socorro.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML) de Itumbiara, Miriam Carolina Fontana, de 33 anos, e Mickaelly Damasceno, de 24, morreram por asfixia por afogamento.
Ricardo Magalhães Barros, de 40 anos, que conduzia a aeronave, além do afogamento, também sofreu politraumatismo.