Em uma audiência pública realizada na última terça-feira (15/10), o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, falou sobre a venda de ações da companhia – 49% delas – que já havia sido anunciada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) em julho deste ano. Soavinski disse que a venda, prevista na lei de criação da empresa, não é privatização, e que os recursos levantados com a iniciativa podem não ser direcionados para a companhia.
Segundo o presidente da Saneago, em nove meses de gestão houve diminuição de despesas e expansão das atividades. Soavinski atribui a economia a medidas como o plano de demissão voluntária que teve adesão de cerca de 100 funcionários.
Sobre a venda de 49% das ações da companhia de abastecimento, o presidente afirmou que o comando ficará com o Governo, que será detentor de 51% das ações da empresa. “Não é privatização. O comando fica com o Estado”, disse ele na audiência.
Ronaldo Caiado havia informado a intenção de vender as ações da Companhia Saneamento de Goiás, a Saneago, durante coletiva de apresentação do balanço de seis meses de nova gestão da estatal, realizada no dia 16/7.
Recursos oriundos da venda de ações da Saneago podem não ir para a companhia
Questionado na audiência sobre o destino do dinheiro que virá das ações vendidas, Ricardo Soavinski explicou que “ainda não é possível prever se o dinheiro da venda das ações vai ser investido em sua totalidade na empresa”, pois, segundo ele, “isto vai depender da necessidade de que isso seja feito”.
“Não adianta botar recursos numa empresa mais do que ela precisa. Vai depender dos estudos que serão feitos. Esses recursos poderão ser aplicados numa outra área”, disse.
Entretanto, o Executivo esclareceu que a venda efetiva das ações, a oferta inicial, somente será realizada com a lei aprovada e todos os atuais problemas da empresa solucionados. As ações estarão disponíveis a qualquer um que queira comprar.