O comerciante Leandro Cintra da Silva, de 25 anos, foi condenado a 14 anos de reclusão pelo envolvimento na morte do radialista Jefferson Pureza, em Edealina, no interior de Goiás. O crime ocorreu no dia 17 de janeiro de 2018, por questões políticas relacionadas ao trabalho do radialista, de acordo com as investigações. O vereador José Eduardo Alves da Silva, acusado de ser o mandante do crime, ainda não foi julgado.
Leandro passou por júri popular no início deste mês. Conforme apontado pelas investigações e denúncia do Ministério Público, foi ele quem fez a ponte entre o mandante do crime e os menores que mataram o radialista. As negociações ocorreram dentro do lava jato dele. O comerciante foi condenado a 2 anos por corrupção de menores e 12 anos pela participação no homicídio qualificado, somando assim a pena de 14 anos de prisão.
Radialista Jefferson Pureza foi assassinado a tiros dentro de casa, em Edealina
Jefferson Pureza Lopes, de 39 anos, foi morto com três tiros no rosto, dentro de casa, em Edealina. O crime ocorreu na noite dia 17 de janeiro do ano passado. O radialista era conhecido na cidade por apresentar um programa de rádio com temas polêmicos.
À época, as investigações apontaram que um vereador da cidade, identificado como José Eduardo Alves da Silva, havia encomendado o crime. Ele foi preso e indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e mediante pagamento. O caseiro Marcelo Rodrigues Santos, amigo do vereador, também foi preso por intermediar o contato entre os executores e o mandante. Ambos ainda não foram julgados.
Os executores do crime, três adolescentes, foram apreendidos, em Aragoiânia, e respondem por ato infracional análogo a homicídio. Eles cumprem medidas socioeducativas: um seria o atirador, outro teria pilotado a moto e o terceiro indicado os dois para o serviço. O inquérito apontou que o crime foi negociado por R$5 mil e uma arma de fogo.