A Controladoria Geral do Estado (CGE) quer que o presidente do Conselho Estadual de Educação, junto a outros envolvidos no “mensalinho” do Pronatec devolvam o numerário recebido indevidamente. A exigência faz parte de um expediente enviado para a Universidade Estadual de Goiás para que sejam apurados os fatos envolvendo o recebimento dos valores indevidamente e a adoção de punições severas.
No início desse ano foi descoberto o que seria um esquema liderado pelo então reitor da UEG, Haroldo Reimer para pagamento de cabos eleitorais do PSDB. Além do próprio Reimer e de sua chefe de gabinete, Eliana Almada, mais conhecida como “a desalmada”, outras personalidades teria recebido esse “mensalinho” sem que tivessem qualquer comprometimento com o Programa Nacional do Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).Marcos Elias Moreira, já como presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE) recebia todo mês a quantia de R$ 7.000,00 como se desempenhasse a função de “coordenador pedagógico” no programa.
Acontece que a dedicação no CEE é exclusiva e o presidente, supostamente, não ia sequer a reuniões na Universidade Estadual de Goiás para justificar o recebimento que a CGE quer que seja apurado de forma rigorosa.
A UEG mantém dados sobre a bolsa do Pronatec como se fosse segredo de estado e não permite a transparência para que a imprensa saiba de fato por quanto tempo isso foi pago. As suspeitas é que tenha sido por mais de dois anos, pelo menos. Até agora supunha-se que Marcos Elias Moreira tivesse recebido coisa de R$ 168 mil, o que seria correspondente a um ano de recebimento indevido. Mas, fontes da UEG revelaram que o pagamento foi por aproximadamente dois anos, o que dobraria esse valor e passaria para astronômicos R$ 330.000,00 a serem devolvidos.
A Controladoria Geral do Estado informou que “após identificar o problema, a CGE recomendou à UEG a apuração dos fatos, com indicação das responsabilidades e das medidas legais para ressarcimento dos recursos” e que isso estaria em apuração. Em 1° de abril desse ano, a UEG abriu procedimento administrativo para atender as recomendações e esse processo ainda está em andamento, reitera a CGE.