Foi preso na manhã desta segunda-feira (7/10) o advogado Eduardo de Oliveira Francisco, de 34 anos, condenado por mandar matar a própria esposa, a comerciária Cibelle de Paula Silveira, no ano de 2015 em Abadia de Goiás. Eduardo foi preso após a reversão de uma decisão que liberava o cumprimento da pena em regime aberto.
Eduardo foi encontrado em seu apartamento no residencial Vilage Veneza, em Goiânia. Ele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e depois para a Delegacia de Capturas de Goiânia.
O advogado havia sido condenado em dezembro de 2018 pelo crime de homicídio triplamente qualificado, pegando uma pena de 27 anos e 9 meses de reclusão. Ele foi apontado como o mandante do assassinato da própria esposa, Cibelle de Paula, de 33 anos, morta em 2015 com um tiro na cabeça enquanto pedalava na BR-060, em Abadia de Goiás.
Entretanto, Eduardo seguia em liberdade por causa de uma decisão da Justiça que permitiu o cumprimento da pena no regime aberto. Só agora uma nova determinação judicial fez com o advogado fosse para a cadeia.
Relembre o caso do advogado condenado por mandar matar a própria esposa
O caso da morte de Cibelle foi tratado inicialmente como latrocínio. Só mais tarde as investigações apontaram que o mandante de tudo foi seu próprio marido.
Conforme apurado na época, Cibelle pedalava na companhia de Eduardo e de um amigo no dia 30 de novembro de 2015, quando foi atacada por dois indivíduos. Um deles, que estava numa motocicleta, atirou na cabeça da mulher. O outro, um adolescente, estava em uma bicicleta, dando suporte à ação criminosa.
A ciclista chegou a ser socorrida e levada ao Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) do Bairro Goiá, mas não resistiu aos ferimentos.
O caso foi descoberto após Pedro Henrique Domingos, o homem que efetuou o disparo, confessar que havia sido contratado por Eduardo para matar Cibelle. Na época, o advogado herdou os bens de Cibelle e chegou a receber o seguro de vida dela.
Em novembro de 2017, Pedro Henrique foi denunciado por homicídio qualificado, como autor do tiro, o menor por participação no ato e Eduardo, como o mandante do assassinato. O advogado chegou a ser preso em setembro do ano passado, até ser condenado mas ser beneficiado pela decisão de cumprir pena no regime aberto.