Um empresário do ramo da construção civil de Goiânia foi o alvo de uma operação deflagrada na última quinta-feira (3/10) pela Polícia Civil de Goiás, realizada através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT). O empresário emitia notas frias como forma de sonegar imposto do ISSQN, e enganava clientes com um escritório que não existia em endereço divulgado.
Batizada de Operação Estilo, a ação policial cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do empresário identificado somente pelas iniciais J.F.S., onde foram encontradas diversas provas dos crimes investigados. Conforme a polícia, as investigações apontaram que o empresário vinha emitindo notas fiscais inidôneas, nos modelos antigos de blocos, que não são permitidos desde 2015.
Fazendo isso, o empresário conseguia driblar o pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). As investigações apontaram que o investigado J.F.S. emitiu as notas frias em diversos locais, inclusive em serviço realizado para a prefeitura de Inhumas.
O empresário indicava como sede de seu estabelecimento escritório no Edifício Nasa Business Style, localizado em bairro nobre de Goiânia. Entretanto, sua empresa não tinha endereço no local especificado, tratando-se de, segundo a polícia, “pura enganação com finalidade de ludibriar e cooptar clientes”.
O investigado responderá pelos crimes de sonegação tributária e uso de documento falso, além de ter que arcar com pagamento de todos os impostos devidos.
Além de empresário investigado por sonegar imposto em Goiânia, em Posse descobriu-se sonegação de mais de R$ 4 milhões por parte de um grupo empresário de supermercados
Nesta semana, uma auditoria realizada pela Delegacia Regional de Formosa, nos bancos de dados extraídos dos servidores das empresas, concluiu que um grupo empresarial varejista do ramo de supermercados, estabelecido no município de Posse, a 500 quilômetros de Goiânia, sonegou mais de R$ 4 milhões de reais em Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Os supermercados do grupo empresarial foram alvos da operação Deslinde, deflagrado no final de julho deste ano passado pela Secretaria de Economia de Goiás em conjunto com a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).
De acordo com a Secretaria, foram lavrados seis autos de infração contra o grupo empresarial por venda sem emissão de documento fiscal e também omissão de receita estadual. Conforme apurado, durante as investigações, as duas empresas eram constituídas em nomes de laranjas e utilizavam software com a finalidade de fraudar a emissão de notas fiscais, o que resultava na evasão de ICMS e, consequentemente, prejuízos aos cofres da Receita Estadual, além de prática de concorrência desleal.
Os empresários poderão responder por crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal e associação criminosa, além de ter de quitar o ICMS sonegado, conforme destaca a DOT.