Uma alta no preço dos combustíveis em Goiás pôde ser notada nesta semana, tanto na gasolina quanto no etanol. Em alguns postos, ambos os tipos de combustível tiveram uma variação de até R$ 0,25 centavos. A explicação seria os reajustes da Petrobras nas refinarias que só agora estão chegando para o consumidor.
Conforme apurado por um veículo local, em alguns lugares de Goiânia onde a gasolina era vendida a R$ 4,53 o litro, o preço já chega a R$ 4,78. Já o álcool parece ter acompanhado o aumento do valor do litro da gasolina. Em bairros como o Jardim Goiás e Parque Amazônia, o álcool, que estava sendo vendido a R$ 2,94 o litro, já chega a R$ 3,19.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade os reajustes da Petrobras de 2,5% e 3,5% ocorridos em setembro deste ano só agora foram refletidos nos postos para o consumidor.
Ainda conforme o presidente do sindicato, o etanol costuma acompanhar a gasolina no reajuste do valor mas, desta vez, “a distribuidora repassou mais caro”. Andrade também argumenta que outro fator que influenciou o aumento foi a subida do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMP), considerado pela aplicação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Estado.
Aumento de combustíveis em Goiás reflete alta do preço do petróleo
No mês passado, a alta do preço do petróleo no mercado internacional chegou ao Brasil. A Petrobras reajustou os valores da gasolina em 3,5% e o óleo diesel em 4,2% em suas refinarias. A revisão, que passou a valer a partir da zero hora de quinta-feira (24/9), é uma reação ao atentado a refinarias na Arábia Saudita, que fez com que a commodity oscilasse até 20% na última segunda-feira.
Em setembro, o petróleo do tipo brent, comercializado na Europa, chegou a cair, mas não na mesma proporção da alta. A Petrobras, que mantém seus preços alinhados ao mercado internacional, chegou a manter os valores inalterados no início da semana, mas após questionamentos do mercado sobre uma possível ingerência do governo, reajustou os valores no mercado interno.
A empresa tem especial interesse em demonstrar que possui independência e que a sua política de preços de combustíveis não está submetida a questões políticas. Caso contrário, não vai conseguir atrair investidores para comprar suas refinarias.