Duas gêmeas siamesas, unidas pelo tórax e que compartilha veia do coração, nasceram no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. A mãe das recém-nascidas é da Bahia, mas por complicações precisou vir para a capital goiana, onde tem tratamento referência na separação de gêmeos siameses.
As informações foram repassadas pelo médico Zacharias Calil, especialista nestes casos. De acordo com ele, as gêmeas siamesas são unidas pelo tórax e compartilham uma veia do coração, usada como ‘ponte’, que bombeia o sangue de uma para outra.
Gêmeas siamesas que compartilham veia do coração não devem passar por cirurgia de separação, em Goiânia
Em entrevista, o especialista destacou que o caso das meninas é grave e não há possibilidade de cirurgia de separação, uma vez que os corações são colados, músculo com músculo. As bebês nasceram na última quinta-feira (26/9), com 34 semanas de gestação. Juntas elas pesam pouco mais de três quilos.
De acordo com o boletim médico divulgado neste sábado (28/9), pelo HMI, as gêmeas siamesas que compartilham veia do coração estão em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Como não há possibilidade de separação, elas devem ser transferidas para a Bahia assim que houver melhora no quadro clínico. Já a mãe das bebês, que tem 34 anos, está bem de saúde, mas segue internada na enfermaria.
Outras gêmeas siamesas em Goiânia
Neste ano, esse é o segundo caso de gêmeas siamesas da Bahia em tratamento em Goiânia. O primeiro foi de Laura e Laís, que nasceram no dia 5 de agosto, com 36 semanas de gestação. Elas são unidas pelo abdômen e compartilham a bexiga, a bacia, os intestinos delgado e grosso, e o sistema urinário. Segundo o HMI, a cirurgia de separação ainda não tem data marcada e só deve ocorrer daqui a um ano, quando as irmãs tiverem mais peso.
As recém-nascidas foram trazidas à Goiânia após contato dos médicos da maternidade onde nasceram com o cirurgião pediátrico Zacharias Calil. As meninas chegaram na capital num avião, no Aeroporto Santa Genoveva. O Corpo de Bombeiros informou que o transporte foi realizado pela viatura neonatal da corporação com apoio da equipe de médico e enfermeiro do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (SIATE).