Todos os anos, durante o mês de outubro, é realizada mundialmente uma campanha para alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama divulgando dados e conhecimentos para orientar as pessoas e reforçar a luta por atendimentos de saúde adequados e de qualidade: o Outubro Rosa. Em Aparecida de Goiânia, a Saúde Municipal (SMS) adere à mobilização com ações educativas para os usuários nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e capacitações para os profissionais. E mais: a partir de outubro serão liberadas mais 300 vagas mensais, além das 800 ofertadas atualmente, de exames de mamografia para a população preconizada pelo Ministério da Saúde (MS).
De acordo com a chefa de Redes Temáticas Ciclos de Vida da SMS, Amanda Faria, as UBSs do município terão uma intensa programação com foco na prevenção e diagnostico do câncer de mama e profissionais das áreas de medicina e enfermagem serão capacitados para aprimorar a atenção prestada às pessoas e atualizar seus conhecimentos sobre o tema. As capacitações serão realizadas no auditório do campus de Aparecida da Universidade de Rio Verde (UniRV), na Alameda Pedro de Sá (Jardim dos Buritis), das 14h às 17h, na quinta-feira, 3, para os médicos, e na sexta-feira, 4, para os enfermeiros.
O secretário de Saúde Alessandro Magalhães ressalta que o câncer de mama, quando detectado em fases iniciais, tem mais chance de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias. Ele acrescenta que “as mulheres de todas as idades devem ser estimuladas a conhecer e analisar seus corpos, sem técnica específica, para notar quaisquer mudanças nas mamas. São elas próprias que descobrem a maior parte desses cânceres. E nós, profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), temos o dever de observar, orientar e ajudar as pacientes a terem a melhor qualidade de vida possível ao longo de todo o processo terapêutico”.
Saiba mais sobre a doença
O câncer de mama é causado pela multiplicação de células anormais dessa região do corpo que formam um tumor. No Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Existe tratamento e o MS oferece atendimento gratuito por meio do SUS. Este câncer não tem somente uma causa e a idade é um fator de risco importante, já que cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. Outros fatores que exigem atenção são: obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X) e ocorrência de casos na família, dentre outros.
Genética, ocorrência em homens e prevenção
“O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total. Já a ocorrência em homens é menor, mas existe: cerca de 1% do total de casos diagnosticados. Todas as pessoas devem estar atentas para essa doença, observando se há alterações nas mamas e adotando hábitos de vida saudáveis que têm o poder de evitar esse mal, tendo em vista que 30% dos casos podem ser prevenidos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), com a prática de atividade física regularmente, amamentação, alimentação saudável, manutenção do peso corporal adequado e não consumir bebidas alcoólicas”, destaca Amanda Faria.
Atenção para os sintomas
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:
• Caroço (nódulo) fixo, endurecido e geralmente indolor;
• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
• Alterações no bico do peito (mamilo);
• Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
• Saída espontânea de liquido dos mamilos.
Mamografia de rastreamento
Quem notar quaisquer alterações nas mamas, que nem sempre podem significar a existência de um câncer, deve procurar uma unidade de Saúde para avaliação diagnostica e orientações. O MS recomenda que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esta recomendação segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de países que adotam o rastreamento mamográfico. O exame pode ajudar a identificar a doença antes do surgimento dos sintomas e quem apresenta fatores de risco deve conversar e respeito com um médico para que a conduta adequada seja adotada.