Foi preso nesta terça-feira (24/9) o dono da clínica de recuperação interditada em Aragoiânia, há seis dias, em ação conjunta da Vigilância Sanitária e Polícia Civil. O estabelecimento, que abrigava 100 internos, dentre eles dependentes químicos, portadores de doenças crônicas, idosos e adolescentes, é acusada de maus-tratos, tortura, cárcere privado e outros crimes a serem apurados.
Célio Luiz da Rocha, de 59 anos, foi preso temporariamente (30 dias), pela PC de Guapó/Aragoiânia, que acompanha o caso. Os crimes foram descobertos por meio de uma inspeção da Vigilância Sanitária Estadual. Durante a vistoria, foram constatados falta de higiene e instalações precárias.
Os funcionários colocavam no mesmo local de tratamento de dependentes químicos, menores e pessoas com distúrbios psiquiátricos. Na ação, realizada na última sexta-feira (21/9), dois servidores foram presos em flagrante por crimes de cárcere privado e maus-tratos. Eles não tiveram os nomes divulgados para não atrapalhar as investigações.
De acordo com a Polícia Civil, os remédios eram manipulados por pessoas sem capacitação. Além disso, a corporação soube de relatos de agressões físicas, choques e abuso sexuais contra internas da clínica de recuperação interditada em Aragoiânia. Algumas delas contaram que eram “buscadas” em suas casas para irem à força para o centro, onde mantinham relações sexuais com os responsáveis pela clínica. Os casos são investigados.
PC investiga três mortes de internos em clínica de reabilitação interditada em Aragoiânia
Além de cárcere privado, maus-tratos e estupro, a Polícia Civil também investiga três mortes que ocorrem da clínica de reabilitação, em Aragoiânia, nos últimos dois anos. De acordo com o delegado Arthur Fleury, responsável pelo caso, a corporação aguarda laudo médico para saber ao certo quando e como as mortes aconteceram e se houve negligência por parte da clínica.
Ainda segundo o investigador, o local já era investigado por outras situações. Foram apreendidos remédios, uma lanterna de choque, um facão e um porrete, que eram utilizados nas vítimas.