O reitor interino da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Ivano Alessandro Devilla, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (19/9). Em um carta de renúncia, ele escreveu que a instituição precisa de eleições livres, democráticas com a participação de alunos, professores e demais servidores. “Não estou renunciando a UEG. Estou renunciando a uma paralisia política que pode matar a UEG”, ponderou Ivano.
Na carta de renúncia, o então reitor interino escreveu que “não é democrático e muito menos faz parte da cultura política da universidade ocupar o mais alto cargo de sua gestão sem que a comunidade universitária decida”. “Eu poderia seguir reitor interino, mas isso seria compactuar com o que sempre lutei contra. Seis meses é muito tempo para uma interinidade e a minha permanência ao cargo gera ao Governo Estadual uma zona de conforto que não posso apoiar ou concordar”, reforçou Devilla.
Leia abaixo o texto na íntegra:
Ele, que era pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, assumiu o cargo como reitor interino em abril deste ano, após o reitor, Haroldo Reimer, pedir afastamento cargo, em meio a uma investigação conduzida pela Controladoria Geral do Estado (CGE) envolvendo Reimer em possíveis irregularidades.
À época, a UEG disse em nota que “devido a uma série de questionamentos públicos levantados nos últimos dias, e da exposição negativa na qual a UEG foi colocada, o afastamento voluntário do reitor busca resguardar a autonomia universitária.”
UEG integra orçamento estadual para Educação
Os deputados aprovaram, em segunda votação, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de nº 990/19, que inclui a verba destinada à UEG nos 25% do orçamento do Estado destinado à Educação. A emenda atende a uma solicitação do governador Ronaldo Caiado (DEM).
A PEC da Educação foi aprovada por 29 votos favoráveis e nove votos contra, nenhuma abstenção, em segundo turno, em votação nominal no painel eletrônico. Votaram contrários a matéria, assinada pelo deputado Vinícius Cirqueira (Pros),os deputados: Cláudio Meirelles (PTC), Lucas Calil (PSD), Antônio Gomide (PT), Alysson Lima (Republicanos), Adriana Accorsi (PT), Gustavo Sebba (PSDB), Helio de Sousa (PSDB), Lêda Borges (PSDB) e Talles Barreto (PSDB).
O projeto aprovado acolhe a emenda do líder do Governo no Legislativo goiano, Bruno Peixoto (MDB), que propõe mudanças na aplicação de recursos da Educação em Goiás. Com essas mudanças, a verba destinada à UEG será inclusa nos 25% do orçamento estadual destinados à Educação.