Após duas renúncias em seis meses, novo reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi nomeado nesta sexta-feira (20/9). O cargo será assumido pelo Dr. Rafael Borges, procurador do Estado, pelo período necessário à restituição da instituição a uma condição de normalidade.
A atual situação financeira da UEG é grave, pois as atuais despesas da universidade devem passar de 317 milhões. O orçamento da universidade teve aumento de cerca de 30% em 2019, mesmo assim não estão conseguindo arcar com as despesas da instituição.
Além da crise financeira, a UEG também foi alvo de irresponsabilidade administrativa, onde dois ex-reitores foram presos e um terceiro responde a processo por fraude no PRONATEC.
Apesar do cenário caótico, o Governo de Goiás assegurou que nenhuma sala de aula será fechada e que o vestibular de 2019 ainda acontecerá.
Quem é o novo reitor da UEG
Rafael Gonçalves Santana Borges é graduado em Direito pela Universidade Federal de Goiás e pós-graduado em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Desde o início do ano atua como Procurador Setorial da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, à qual a Universidade Estadual de Goiás é vinculada, e nessa condição vem acompanhando a crise instalada na UEG.
Segunda renúncia em menos de seis meses
O reitor interino da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Ivano Alessandro Devilla, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (19/9). Em um carta de renúncia, ele escreveu que a instituição precisa de eleições livres, democráticas com a participação de alunos, professores e demais servidores. “Não estou renunciando a UEG. Estou renunciando a uma paralisia política que pode matar a UEG”, ponderou Ivano.
Na carta de renúncia, o então reitor interino escreveu que “não é democrático e muito menos faz parte da cultura política da universidade ocupar o mais alto cargo de sua gestão sem que a comunidade universitária decida”. “Eu poderia seguir reitor interino, mas isso seria compactuar com o que sempre lutei contra. Seis meses é muito tempo para uma interinidade e a minha permanência ao cargo gera ao Governo Estadual uma zona de conforto que não posso apoiar ou concordar”, reforçou Devilla.