Um ex-estudante da UFG foi estuprado após Parada LGBTQI+ em Goiânia no último domingo (8/9). Além do estupro, o estudante também foi agredido fisicamente.
Vinícius Rafael, de 30 anos, conhecido também como Sharmila, voltava para casa no momento que foi agredido. Ele estava próximo à Justiça Federal e foi socorrido por um amigo.
Conforme relatos da vítima à polícia, um homem tentou obriga-lo a fazer sexo oral, mas ele não aceitou. O homem então tirou a roupa dele e o estuprou, e o agredindo em seguida. Ele estava bastante ferido, mas não soube dizer com o que tenha sido golpeado.
No momento da agressão Vinícius viu um amigo que passava pelo local e pediu socorro, ele também estava saindo da Parada LGBTQI+. Vinícius estava somente de cueca, coberto de sangue e foi encaminhado para o Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) de Campinas.
A vítima, com medo, tinha decidido não registrar o caso, mas nesta quarta-feira (11/9) compareceu ao 1º Distrito Policial de Goiânia para registrar a agressão. Ele estava acompanhado do advogado e do policial que atuou como coordenador de segurança durante a Parada.
Repercussão do caso do estudante da UFG que foi estuprado após Parada LGBTQI+ em Goiânia
O caso do estudante de repercutiu nas redes sociais, os amigos mostraram apoio e repúdio ao ato que aconteceu com Sharmila. Em uma foto postada nos stories cerca de 14 semanas atrás, Sharmila segura um cartaz com a escrita: “LGBTFOBIA MATA”.
Na publicação onde aparece com os machucados deixados pela agressão do último domingo, Sharmila escreve: “Mais uma vez a intolerância, a ignorância e o machismo faz vítimas. Homofobicos tirem suas maos imundas do meu corpo, ele Me pertence!”.
Sharmila também é modelo e dançarina e faz apresentações em eventos em Goiânia. No facebook um amigo escreveu: “ABAIXO À HOMOFOBIA!- VIVA A VIDA E A ALEGRIA DE VIVER! Vinicius Rafael é um Queridão! Tenho muiiiiiiito orgulho de tê-lo como Amigo e sua presença em alguns de meus Shows me enche de alegria e entusiasmo!”.
Outra amiga também lamentou o ocorrido e disse que está com o coração sangrando. “Sinto muito, mas MUITO, pelo ocorrido.Meu coração sangra por tamanha falta de respeito.Juntemo-nos contra essa e tantas outras incapacidades de entendimento…Vinícius, Sinta-se acolhido por nós, que defendemos e apoiamos a sua ARTE ❤”.
Veja a nota divulgada pela UFG
“Informamos que o jovem Vinicius Rafael nunca foi morador da Casa de Estudante Universitário da UFG e foi excluído do curso de Biblioteconomia por falta de renovação da matrícula desde 2018. Embora o ato de violência contra o jovem não tenha ocorrido no espaço da Universidade, a UFG reitera que repudia veementemente qualquer ato de discriminação e violência, tendo aprovado, em 2017, uma resolução que dispõe sobre normas e procedimentos a serem adotados em casos de assédio moral, sexual e quaisquer formas de preconceito no âmbito da Universidade. A UFG também acaba de lançar uma ampla campanha de combate ao preconceito racial, de gênero e contra a população LGBT.”