Um professor da rede pública de ensino foi afastado das atividades após alunas denunciarem assédio por parte do educador. O homem estava como professor substituto no Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), de Taguatinga, o Distrito Federal.
Adolescentes com idades entre 17 e 19 anos relataram que o educador olhava para elas com “olhares maliciosos” e fazia “comentários maldosos” .
Duas adolescentes de 17 anos relataram já ter sofrido assédio por parte do servidor. Uma delas relatou que o professor chamava ela na mesa dele e ficava tentando alisar a sua mão. A outra disse que estava com uma calça rasgada e o professor teria dito que ela tem um “coxão”, além de fazer piadinhas sobre namoro. “Me disseram que quando eu virava as costas, ele olhava para a minha bunda”, relatou a adolescente.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que o caso está sendo investigado pela Coordenação Regional de Taguatinga. A escola tomou conhecimento do caso na semana passada e resolveu afastar o professor na última sexta-feira (6/9).
Protesto contra o professor que foi afastado após alunas denunciarem assédio
Um protesto foi organizado nesta terça-feira (10/9) por alunas do colégio onde o professor substituto é denunciado por cometer assédio.
As alunas pediam a saída do professor e gritavam “assédio aqui não”. Durante o ato foram distribuídos livros com relatos de adolescentes denunciando os abusos que sofreram com o professor. Em um dos casos uma adolescente teria sido chamada de “delícia” pelo docente.
No material ainda há trechos explicando o que é assédio, onde e como denunciar. Veja um trecho:
“Assédio não é só pegar na bunda, não é só gritar VOU TE COMER, não é só bater na frente de uma pessoa. É qualquer coisa que a deixe desconfortável, é chegar muito perto sem ter intimidade, é fazer perguntas inapropriadas, é fazer carinho sem ser chamado, é falar merda fora de hora, é objetificar alguém”.