Um homem foi preso nas primeiras horas desta quinta-feira (5/9), suspeito de liderar uma organização criminosa especializada em receptação de cargas roubas e furtadas, em Goiás. A ação policial foi realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), juntamente com a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pela segunda fase da Operação “Livrai-nos do Mal”.
Osmir Aparecida Sousa foi preso e autuado por receptação qualificada e uso de documento falso. De acordo com informações levantadas durante as investigações, o grupo criminoso movimentava grande quantia de dinheiro em todo o território nacional. Ele já era investigado como sendo líder de organização criminosa especializada em receptação de cargas roubadas e furtadas.
Com a operação de hoje contabiliza-se mais de 70 prisões em menos de três meses com a força tarefa integrada entre a forças de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).
Operação contra receptação, roubo e furto de cargas
Na primeira fase da Operação “Livrai-nos do Mal”, deflagrada no dia 27 de agosto, foi recuperada carreta com defensivos agrícolas avaliada em mais de R$ 1 milhão. O roubo ocorreu perto de São Luiz do Norte.
Houve uma intensa troca de tiros, de acordo com a Polícia Civil, e um dos autores morreu no local, um outro acabou fugindo e um terceiro envolvido, Marcos Vinicius Rocha Queiroz, foi preso. Ele ficou ferido na perna pelos disparos de arma de fogo e foi hospitalizado.
Com Marcos Vinicius foi apreendida uma arma de fogo e munições. Embora sob ameaça, o motorista da carreta não foi morto pelos suspeitos. A Polícia Civil agora trabalha para prender o foragido.
Ação contra roubo de cargas em Goiás
Também em agosto, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu 17 mandados de prisão preventiva e 22 de prisão temporária, em 13 cidades goianas, contra roubo de cargas e crimes de agiotagem. A ação, denominada como Operação Mercúrio, ocorreu simultaneamente em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Pará, Paraná, Pernambuco, Tocantins e Mato Grosso. No total, foram cumpridos 45 mandados de prisão preventiva, 49 de temporária e 110 de busca e apreensão.
De acordo com o MP-GO, operação tem como objeto ramificada uma organização criminosa que atua no roubo e receptação de caminhões e cargas, em diferentes núcleos, como lavagem de dinheiro, receptação, uso de empresas fantasmas e outros. As investigações duraram cerca de dez meses e tiveram como origem as Operações Catira e Fideliza, deflagradas pela Polícia Federal em 2015.
Atuaram na operação os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) dos Ministérios Públicos dos dez estados. A Operação Mercúrio contou ainda com o apoio das Polícias Militar e Civil de Goiás, Secretaria da Fazenda de Goiás, Polícia Militar de Minas Gerais, Administração Penitenciária de Minas Gerais (Suape) e do Grupo Especial do Patrimônio Público do MPMG (GEPP).
