Os alunos, pais e colegas do coordenador morto à facadas por aluno nesta sexta-feira (30/8), se reuniram em frente ao colégio para protestar. Com velas acesas em homenagem, em cartazes eles pedem por justiça.
Entre os pedidos de que justiça seja feita e que a violência nas escolas acabe, o desabafo de pais de alunos e colegas de trabalho da vítima.
A Polícia Civil (PC) acredita que o estudante Anderson Silva, de 18 anos, teve um surto psicótico. Ele é acusado de esfaquear o professor e coordenador Bruno Pires de Oliveira, de 41 anos, dentro da Escola Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
Segundo informações do delegado Rodrigo Mendes, o professor foi atacado no estacionamento. Anderson teria desferido um golpe de faca no professor enquanto ele ia até sua moto para retornar para casa. Ele fugiu em seguida e ainda está sendo procurado.
Ao ser esfaqueado, Bruno entrou na sala e disse que “Anderson Grandão” tinha o atacado. Uma das professoras nem acreditou e chegou a sair para ver se encontrava o garoto. O apelido “Grandão” foi usado pelo educador pois Anderson é bem mais alto que os colegas da turma. Ele cursa do 9º ano, com alunos entre 14 e 15 anos de idade.
O professor, que tinha contrato temporário, chegou a ser socorrido e encaminhado para o hospital, mas não resistiu. A lâmina perfurou o fígado do docente.
O delegado ainda aponta que Anderson “estava muito nervoso” na última aula do dia, por volta das 11h55. Ele teria sido retirado de um projeto esportivo da escola e não gostou da decisão docente.
Confira a Nota da Seduc sobre o coordenador morto por aluno
“É com extremo pesar que a Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Seduc) informa o falecimento do professor Bruno Pires de Oliveira, 41 anos, que lecionava Geografia e ocupava o cargo de coordenador de turno no Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás.
A Seduc Goiás informa que já enviou uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, assistentes sociais e integrantes da Superintendência de Segurança Escolar, para dar o suporte necessário aos estudantes, professores e familiares do professor.
Tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil já estão trabalhando para elucidar o caso e, principalmente, entender o que aconteceu na unidade escolar”.