Na tarde desta quinta-feira (22/8), Goiânia registrou um novo recorde de calor de inverno, após o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) marcar 35°C de temperatura máxima às 15h. Até então, o recorde anterior de maior temperatura na capital era de 34,8°C na tarde terça-feira, 20 de agosto. Esta sexta-feira (23/8) pode ser ainda mais quente e seca, podendo bater um novo recorde de calor.
Segundo o Instituto Climatempo, a tarde de quinta foi a mais quente desde 3 de fevereiro, quando a temperatura chegou aos 36,2°C. O recorde de calor na capital, para 2019, é de 36,7°C, registrados no dia 23 de janeiro. Além disso, Goiânia também foi a capital mais seca do Brasil na tarde de ontem, com nível de umidade no ar de apenas 22%. O ideal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que ela varie entre 50% e 80%.
Não chove na capital há 97 dias e ainda não se tem previsão para os próximos dias. A última chuva moderada, maior ou igual a 10 mm em 24 horas, ocorreu entre os dias 17 e 18 de maio, quando choveu 10,0 mm. Chuviscou 0,2 mm entre os dias 5 e 7 de julho quando uma forte frente fria avançou sobre o país, atingindo a região Centro-Oeste.
Calor, baixa umidade do ar e queimadas
As altas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar e longo período sem chuvas elevam o risco de incêndios. Segundo alerta do INMET, a umidade relativa do ar varia entre 20% e 12%. Há risco de incêndios florestais e à saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.
Nos primeiros 20 dias do mês de agosto, foram registradas 1.320 ocorrências de queimadas em áreas de vegetação em Goiás. O número é alarmante e 25% maior em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro até agora, o Corpo de Bombeiros atuou em 5.452 pontos de incêndio. Na maioria dos estados brasileiros, o número de focos de incêndios já é o maior dos últimos quatro anos.
De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite, as queimadas no país tiveram alta de 82% em relação a 2018. Entre janeiro e agosto do ano passado foram computados 39.194 focos; no mesmo período deste ano, o número de ocorrências chega a 71.497.