Após passar por júri presidido pelo juiz Lourival Machado da Costa na última quinta-feira (22/8), foi condenado o trio acusado de matar o estudante Gabriel Caldeira, de 19 anos, na saída de um bar no Setor Marista, em Goiânia. O crime ocorreu em abril de 2016.
Murillo Eduardo Conceição dos Santos, de 24 anos, e os irmãos Arthur Dias Stival, 26, e Bruno Dias Stival, de 22, foram julgados e condenados por homicídio duplamente qualificado com as qualificadoras de crime cometido por motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Arthur Stival e Murillo Eduardo foram condenados a 13 anos de prisão. Bruno Stival recebeu a pena de 15 anos. Os advogados dos condenados afirmaram que vão recorrer da decisão.
Cinco testemunhas haviam sido arroladas, e a família de Gabriel Caldeira esteve presente na sessão, presidida por juiz da 2ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida de Goiânia.
Na época do crime, os assassinos foram presos três dias após os disparos, mas só agora o julgamento foi feito. Dois dos condenados, os irmãos Arthur e Bruno Stival, respondiam em liberdade desde então. A delegada Ana Cláudia Rodrigues, que investigou o caso, informou, na época, que eles confessaram o crime. Segundo ela, eles riram após cometerem o assassinato.
Relembre o caso do assassinato do estudante na saída de bar no Setor Marista, em Goiânia
De acordo com o processo do caso, na noite de 3 de abril de 2016 os três réus estavam em um veículo Toyota Corolla, com outras duas adolescentes, quando cruzaram com Gabriel, que tinha acabado de sair de um bar no Setor Marista, em Goiânia, e estava acompanhado por quatro amigos. Câmeras de segurança registraram a movimentação dos suspeitos na ocasião.
Após a discussão, Gabriel foi atingido por um tiro no abdômen e chegou a correr por alguns metros em uma calçada, até que caiu na frente de uma casa. Ele foi levado para um hospital, mas acabou morrendo.
Dois amigos de Gabriel que prestaram depoimento disseram que estavam no bar junto com o estudante e, quando saiam em direção ao carro, os suspeitos passaram de carro encarando o grupo.
Segundo a delegada Ana Cláudia na época, os amigos de Gabriel contaram que houve uma discussão banal, quando passaram de carro pela rua. Um deles achou que a vítima o encarou, e Gabriel respondeu perguntando o que foi que ele tinha feito. “Isso já foi motivo para que os suspeitos voltassem e a vítima fosse morta. E depois saíram rindo”, afirmou na ocasião.