Nos primeiros 20 dias do mês de agosto, foram registradas 1.320 ocorrências de queimadas em áreas de vegetação em Goiás. O número é alarmante e 25% maior em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro até agora, o Corpo de Bombeiros atuou em 5.452 pontos de incêndio. Na maioria dos estados brasileiros, o número de focos de incêndios já é o maior dos últimos quatro anos.
De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite, as queimadas no país tiveram alta de 82% em relação a 2018. Entre janeiro e agosto do ano passado foram computados 39.194 focos; no mesmo período deste ano, o número de ocorrências chega a 71.497.
As altas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar e longo período sem chuvas elevam o risco de incêndios no estado. Segundo alerta de perigo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), publicado nesta quarta-feira (21/8), a umidade relativa do ar varia entre 20% e 12% em Goiás. Há risco de incêndios florestais e à saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. O ideal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que ela varie entre 50% e 80%.
Provocar queimadas é crime
O Corpo de Bombeiros de Goiás alerta que queimadas em qualquer tipo de vegetação que pode acarretar inúmeros problemas a saúde, e além disso, provocar incêndio em mata ou floresta é crime. A pena, prevista na Lei 9.605/98, é de reclusão de dois a quatro anos, e multa.
A corporação ressalta ainda que: fogo em lotes baldios produz fumaça e fuligem, alem de atinge a rede elétrica, afugentam insetos, ratos e animais peçonhentos para as casas vizinhas; incêndio às margens da rodovias causam graves acidentes, não jogue cigarro acesso ou outros objetos pelas janelas do veiculo; a fumaça e a fuligem proveniente de queimadas associadas a altas temperaturas e ao clima seco, provocam problemas respiratórios, intoxicações e doenças pulmonares.