Será entregue nesta segunda-feira (19/8) ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o documento que pede o reconhecimento das Cavalhadas de Goiás como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A petição foi elaborada pelo governo estadual a pedido da Superintendência de Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico da Secretaria de Cultura (Secult) e cumpre o rito previsto no decreto nº 3.551/2000 e a resolução nº 001/2006 do Iphan.
No documento são detalhados aspectos históricos, estéticos e sociais das festas das Cavalhadas, realizadas há mais de 200 anos em Goiás. A iniciativa tem apoio da superintendente do Iphan em Goiás, Salma Saddi e de representantes das cidades de Pirenópolis, Santa Cruz de Goiás, Palmeiras de Goiás, Posse, Jaraguá, Crixás, Hidrolina, São Francisco de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Corumbá de Goiás e Pilar de Goiás.
A solenidade está marcada para às 15h de hoje, na sede do órgão, em Brasília, e contará com a presença do governador Ronaldo Caiado (DEM), secretário de Cultura Edival Lourenço e dos prefeitos dos 11 municípios goianos que sediam o tradicional evento, que ocorre anualmente entre junho e setembro.
Cavalhadas de Goiás como patrimônio imaterial do Brasil
O pedido de tombamento das Cavalhadas de Goiás será inserido no Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial. O registro se efetiva por meio da inscrição do bem em um ou mais de um livro. As Cavalhadas de Goiás podem ser inseridas no Livro de Registro das Celebrações, para rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social, e/ou no Livro de Registro de Formas de Expressão, que é destinado à inscrição de manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas.
Tradição
As cavalhadas são celebrações que encenam batalhas medievais entre mouros e cristãos, quando o exército muçulmano, depois de conquistar Portugal e Espanha, resolve invadir a França. A festa une religiosidade, fé, cultura, turismo e valorização de tradições que misturam elementos sagrados e símbolos pagãos atraindo milhares de turistas às cidades, que movimentam a economia local, mobilizando os moradores e visitantes a reviverem toda a história. A tradição segue por mais de 200 anos.