A Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), confirmou o recebimento do resultado da perícia realizada pela Polícia Técnico-Científica na incubadora de uma maternidade de Goiânia, da qual suspeitava-se ter causado queimaduras numa recém-nascida. O laudo mostrou que a incubadora estava em pleno funcionamento, e não foi a causadora das queimaduras na bebê.
Ao Dia Online, a delegada responsável pelo caso, Caroline Braga, confirmou que a incubadora passou por perícia e o laudo foi negativo no que se refere a problemas de funcionamento no equipamento. “A incubadora estava em pleno funcionamento, e não é possível que ela causasse queimaduras na recém-nascida”, confirmou Braga.
Agora descartada a hipótese de queimadura provocada pela incubadora, a delegada disse que as investigações vão continuar, e já na próxima segunda-feira (19/8) começará a ouvir funcionários da maternidade do Hospital São Judas Tadeu, localizado no Setor Parque Anhanguera, em Goiânia. “Nós vamos ouvir médicos e funcionários para descobrir como foram causadas as queimaduras na criança”, informou.
Relembre o caso do registro de queimaduras em recém-nascida na maternidade; suspeita era voltada para incubadora
Peritos criminais apreenderam na manhã de terça-feira (23/7) uma das incubadoras da maternidade do Hospital São Judas Tadeu, após uma denúncia registrada na DPCA. A principal suspeita na época era que a incubadora tenha sido responsável por provocar queimaduras numa recém-nascida de menos de um mês de idade.
O caso foi descoberto numa sexta-feira (19/7), em Goiânia. A mãe da bebê, que ia ao Hospital São Judas Tadeu todos os dias para amamentar, percebeu que a filha estava vestida e o comum é estar somente de fraldas. Ao verificar melhor, notou então uma lesão de possível queimadura na criança. A mulher procurou a delegacia, e uma investigação foi aberta.
De acordo com a delegada Caroline Braga na ocasião, a menina nasceu no dia 27/6, tendo menos de um mês de vida quando sofreu as queimaduras. Ela contou que um inquérito foi aberto e testemunhas já estavam sendo ouvidas no caso. “A criança apareceu com lesões que se assemelham à queimaduras. Os pais da menina já foram ouvidos, e a suspeita é de que tenham sido causadas pela incubadora, que estava com problemas como ligar e desligar sozinha”, contou a delegada ao Dia Online em julho deste ano.
A reportagem do Dia Online entrou em contato com o Hospital São Judas Tadeu na ocasião do ocorrido. A assessoria de comunicação apenas informou que havia instaurado uma comissão para apurar o caso.