A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta terça-feira (13/8), a terceira etapa da Operação Rosário, que já prendeu membros da facção criminosa Comboio do Cão (CDC). Durante a operação 46 pessoas foram presas. Além disso, 70 quilos de maconha e quatro armas foram apreendidas.
Na ação, a corporação deu cumprimento a 49 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 55 mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pela Vara Criminal e do Tribunal do Júri do Riacho Fundo.
De acordo com a PCDF, a investigação começou em março deste ano e contou com a parceria entre PCDF, Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP) e as Promotorias de Justiça do Riacho Fundo, Recanto das Emas e do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri).
O objetivo da operação é desarticular um grupo criminoso que atua no Distrito Federal com crimes de tráfico de entorpecentes, homicídios, roubos, tráfico de armas e rufianismo. Segundo a corporação, nos últimos dois anos, a organização passou a atuar como uma verdadeira facção no seio do sistema penitenciário local.
Prisões
Durante as duas primeiras fases, realizadas nos dias 25 de maio e 20 de julho, dois integrantes da liderança da organização criminosa, foram presos. Na primeira ação, F.C.M., vulgo Doidinho, foragido da justiça há 11 anos, preso na Cidade Ocidental. Já G.S.B., vulgo Guga, foi preso na cidade de Imperatriz (MA), com o apoio da Polícia Civil do Maranhão. Ao todo, 46 pessoas envolvidas com a grupo criminoso foram presas.
Os mandados judiciais foram expedidos para apurar a extensão das atividades criminosas dessa organização e a prática de atos de lavagem de dinheiro. Ainda segundo a corporação, a justiça do DF também decretou o sequestro de 11 imóveis, 17 veículos e valores existentes em contas de 60 pessoas vinculadas à organização.
PCDF ainda investiga o envolvimento da facção criminosa “Comboio do Cão” com 14 inquéritos policiais de homicídios tentados e consumados
De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal, as provas colhidas durante as três etapas da Operação Rosário permitiram também o desarquivamento ou instauração de 14 inquéritos policiais, que trata sobre homicídios tentados e consumados. Na época, segundo a corporação, a autoria não havia sido esclarecida.