O hall do Teatro Opus vai abrigar uma exposição sobre a vida e a obra de Roberto Gómez Bolaños, durante a temporada de Chaves – Um Tributo Musical. São reproduções, fotografias e objetos do acervo pessoal do artista, capazes de oferecer ao público uma imersão em sua principal criação. “Roberto era um homem muito zeloso de sua produção, cuidadoso mesmo”, atesta Heriberto Lopez de Anda, diretor do Grupo Chespirito e que auxiliou Bolaño na direção cênica da série durante 13 anos.
Com tanto tempo de convivência, Heriberto descobriu detalhes sobre a forma de trabalho de Bolaños – como a concentração. “Mesmo com estúdio tomado de barulho, Roberto parecia que não estava ali, tão concentrado que estava. O pior é que ele se esquecia que segurava uma xícara de café e, ao mexer com a mão, acabava me dando um banho. Isso aconteceu várias vezes, até eu descobrir o melhor lugar para me posicionar, longe do alcance da xícara”, diverte-se.
Chespirito, que inspira o nome do grupo detentor dos direitos, é um apelido carinhoso dado a Roberto Goméz Bolaños, o criador mexicano e intérprete dos personagens Chaves e Chapolin. Nascido espontaneamente e logo adotado por familiares e amigos, o apelido é um tanto exagerado pois significa “pequeno Shakespeare”, uma vez que Bolaños é conhecido como um gênio no seu país.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.