Um homem de 41 anos, suspeito de aplicar golpes em Goiás e no Distrito Federal desde 2002, foi preso em Bertioga, São Paulo. Ele, identificado apelas pelas inicias R.F.S, é investigado por fraudar a compra de uma grande padaria em Caldas Novas, vender os maquinários e fugir sem pagar o ex-dono do estabelecimento e os salários e direitos dos funcionários.
No DF, ele é conhecido como o estelionatário do amor, pois tinha como as principais vítimas pessoas com quem tinha relação. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), corporação responsável pelas investigações, o estelionatário, que se apresentava às vítimas como empresário e Delegado Federal, é apontado autor de pelo menos 19 ocorrências policiais relacionadas a fraudes diversas, sendo 16 delas registradas no DF e três em Caldas Novas, na região Sul de Goiás.
O suspeito foi preso em São Paulo, por meio da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) do DF, em razão de mandado de prisão preventiva. “Após a decretação da prisão preventiva pela 3ª Vara Criminal do TJDFT, policiais da Seção de Investigação Geral da 9ª DP realizaram diligências por cerca de 30 dias nas cidades de Brasília, Caldas Novas e Morrinhos. O foragido foi encontrado na via pública de uma cidade do litoral paulista”, explicou o delegado Tiago de Oliveira, responsável pelo caso.
Suspeito “comprou” padaria, em Caldas Novas, vendeu maquinários e fugiu sem pagar ex-dono e funcionários
Conforme as investigações, o acusado fraudou a compra de uma grande padaria de Caldas Novas. Ele não pagou o dono do estabelecimento pela compra e ainda vendeu todo o maquinário e fugiu sem pagar os salários e direitos trabalhistas dos funcionários. Ele teria convencido uma conhecida a pagar 40% do valor, como sócia; único valor pago pela panificadora, uma das maiores da cidade.
Além deste crime, R.F.S é investigado por fraude em uma negociação de compra e venda de um automóvel. Ele ofereceu um carro de sua propriedade como parte do pagamento e, posteriormente, a adquirente verificou que o veículo possuía vários débitos que não haviam sido informados.
Nessa negociação, de acordo com a PCDF, ele falsificou comprovantes de pagamento de multas para que a compradora do veículo realizasse a transferência do veículo de sua propriedade sem suspeita dos débitos do veículo que estava adquirindo (a transação envolvia veículos das duas partes do negócio).
Em outros casos, ele se apresentou para vítimas como sendo delegado da Polícia Federal para a venda de veículos que não tinha propriedade. R.F. S simulava aquisições de veículos em concessionárias com um CNPJ e posteriormente utilizava esta documentação para revender os veículos.