A Delegacia de Crimes de Trânsito (Dict) divulgou na manhã desta sexta-feira (9/8) os dados relativos às autuações por direção alcoolizada no primeiro semestre de 2019, em Goiás, e os registros são desanimadores. De acordo com a delegacia, o número de casos de embriaguez ao volante no estado subiu em todos dos primeiros seis meses do ano, em comparação com o ano passado.
A direção sob efeito do álcool é uma das principais causas de autuações e acidentes com mortos e feridos no trânsito, mas o fato parece não estar sendo absorvido pelos condutores goianos como deveria ser. Segundo os dados divulgados pela Dict, o primeiro semestre de 2019 registrou um aumento de 286 autuações por embriaguez ao volante em relação a 2018. Foram 2.224 autuações neste ano e 1938 no ano anterior.
O que mais surpreende é que, em âmbito geral no estado de Goiás, houve aumento de autuações por embriagues ao volante em todos os meses do início ao meio do ano.
Confira os números abaixo:
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀2018 2019
Janeiro 242 254
Fevereiro 289 293
Março 261 375
Abril 283 327
Maio 287 311
Junho 288 350
Julho 288 314
Apenas na capital Goiânia houve aumento de 150 autuações, com 300 no primeiro semestre do ano passado e 450 neste ano. Também em Goiânia, apenas o mês de julho não teve aumento de autuações por embriaguez ao volante. Foram 64 casos em 2018 e 50 em 2019.
Embriaguez ao volante é crime previsto no CTB
Dirigir sob o efeito de álcool é um crime determinado no Código de Trânsito Brasileiro, o CTB.
Em seu artigo 306, é especificada punição para quem “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”, que é “detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor”.
Ainda conforme o CTB, direção alcoolizada se define por “concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar”; ou “sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora”.