Moradores e comerciantes da região das ruas T-27, T-50 e Praça do Ipê pedem a transferência da Central Integrada de Monitoração Eletrônica (CIME) do sistema prisional de Goiás do Setor Bueno para uma área de dependência da Secretaria de Segurança Pública ou para as proximidades de uma Delegacia de Polícia Civil ou Batalhão da Polícia Militar. Eles alegam que a insegurança na região agora é maior, além do medo e da falta de tranquilidade.
A central funcionava na Avenida T-8, no Setor Bueno, mas foi transferida, em abril deste ano, para T-50 com a T-27, no mesmo bairro. Na última terça-feira (23/7), durante reunião entre os integrantes da Associação dos Moradores da Praça do Ipê, o vereador Andrey Azeredo (MDB) e o secretário de Estado de Governo, Ernesto Roller, foi entregue um abaixo-assinado com mais de 600 assinaturas de moradores e comerciantes próximo ao local, que pedem pela mudança de endereço.
“Primeira coisa é a insegurança. Nós acreditamos que esse tipo de serviço tem que ser feito em um outro local, onde tenha um sistema maior de segurança, porque as pessoas chegam ao saem dali estão passando por um processo que de repente pode gerar problemas para os moradores. Tem muita criança próxima, muito comércio. Essa é uma das razões pelo qual a gente faz essa solicitação”, explica o presidente da Associação dos Moradores da Praça do Ipê, Cleber Silvério Santos, ao Dia Online.
Transferência da central de monitoramento do Setor Bueno será estudada
Ainda de acordo com o presidente da Associação de Moradores, a intenção não é fazer com que a central seja transferida para outro bairro da capital. “Sabemos que há locais mais apropriados, até mesmo dentro da Secretaria de Segurança Pública, como era antigamente”, reforçou Cleber Silvério.
O vereador Andrey Azeredo (MDB), que conduziu o encontro dos representantes dos moradores com o secretário de Governo, ressaltou que o Setor Bueno é um dos bairros mais adensados da capital, com forte comércio, áreas de lazer, escolas e grande fluxo de pessoas. “Sabemos que há pessoas que usam tornozeleiras e que querem ter uma segunda chance. Mas tem aquelas que acreditam na impunidade e que querem praticar novos crimes. São estas que aterrorizam os moradores da região”, explicou ele.
Durante a reunião, o secretário Ernesto Roller disse que a reivindicação dos moradores é “justa”, que precisa de um prazo para tratar da questão com a cúpula da Segurança no estado, mas que em breve apresentará uma solução definitiva. Andrey Azeredo também se comprometeu a apresentar uma resposta aos moradores e comerciantes da região.