A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga uma mãe suspeita de tentar matar a filha recém-nascida logo após o parto. O caso ocorreu na última terça-feira (16/7), na casa da mulher, onde a bebê nasceu, na Vila Jaraguá, em Goiânia. A mulher, de 32 anos, teria arrastado a filha pelo cordão umbilical, do chão do banheiro até o quarto, além de tentar asfixiá-la.
Segundo informações do Conselho Tutelar, depois de tentar matar o bebê e ver que não havia conseguido, a suspeita pediu ajuda a uma vizinha que as socorreu e levou para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, no mesmo setor. Ela alegou que a bebê havia caído.
Na unidade de saúde, os funcionários não acreditaram na versão da mulher, pois o ferimentos da recém-nascida não coincidam com queda. O Conselho Tutelar foi acionado e seguida a Polícia Civil, que apura o caso, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Recém-nascida, arrastada pela mãe em Goiânia, seria fruto de um relacionamento extraconjugal
Tanto a mãe quanto a recém-nascida continuam internadas na unidade de saúde. A delegada Caroline Borges, responsável pelo caso, investiga se a mulher passa por alguma alteração psiquiátrica decorrente do parto. Ela pode ser ouvida formalmente a qualquer momento.
Serão pedidos pela PC exames de corpo delito da bebê e da mãe. Ainda de acordo com a investigadora, a mulher também passará por uma avaliação psiquiátrica.
Informações preliminares, levantadas pelo Conselho Tutelar, revelam que a mãe não queria a criança porque ela era fruto de um relacionamento dela com um homem casado; ele não assumiria a criança.
A suspeita tem outros dois filhos: sendo um de 14 e outro de 3 anos. Eles não presenciaram a tentativa de infanticídio. O Conselho estuda a possibilidade dos filhos da mulheres ficarem sob custódia do pai ou de algum outro familiar.