Os vigilantes penitenciários Túlio Rosa da Silva e Leandro Santana Rezende Chaves, suspeitos de estuprar duas detentas na Unidade Prisional de Pontalina, foram indiciados e tiveram as prisões preventivas decretadas. O inquérito que apurou os crimes, ocorridos em junho deste ano, foi concluído na última quarta-feira (17/7) pela Polícia Civil (PCGO).
De acordo com a corporação, desde o início da apuração, os investigados se esconderam da polícia e continuam foragidos. Qualquer informação sobre o paradeiro dos vigilantes podem ser repassadas, em absoluto sigilo, pelos telefone 197 ou (64) 3471-1450.
Direção do presídio de Pontalina denunciou vigilantes
As investigações tiveram início no dia 5 de junho, após a Polícia Civil ser informada sobre prática do estupro. Segundo relato das vítimas, os vigilantes prisionais temporários as teriam ameaçado de instaurar procedimento administrativo disciplinar caso contassem sobre o crime para alguém. Com medo de responderem injustamente ao procedimento, as mulheres, de 25 e 30 anos, não contaram sobre o ocorrido, mas o crime foi descoberto por colegas de trabalho dos agentes, que alertaram a direção do presídio.
Em depoimento, as mulheres contaram que os vigilantes, mediante grave ameaça, as tiraram da cela e as levaram para uma sala separada, onde mantiveram relação sexual com elas. Após registro da ocorrência, as vítimas foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) de Morrinhos, onde o médico legista atestou o estupro, cometido mediante violência psicológica.
A Polícia Civil tentou intimar os suspeitos, mas assim que souberam das investigações eles sumiram da cidade. O inquérito policial foi concluído nesta quarta-feira (17/7). A corporação representou pela prisão preventiva de Túlio Rosa da Silva e Leandro Santana Rezende Chaves, que continuam foragidos. O Ministério Público de Goiás (MPGO) acatou o pedido e decretou as prisões preventivas dos acusados.
Vigilantes suspeitos de estuprar detentas foram demitidos
Por meio de nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que os dois vigilantes penitenciários foram demitidos logo após a denúncia. Além disso, o órgão ressaltou que já providenciou atendimento psicológico para as vítimas.