Uma de criança de 7 anos chamou a polícia para o próprio pai depois de ouvi-lo ameaçar a mãe, grávida de 4 meses, dizendo que arrancaria o bebê da barriga dela e ainda o comeria. O homem foi preso, mas solto em seguida por não se tratar de flagrante. O caso ocorreu nesta quinta-feira (11/7), no Distrito Federal.
O menino relatou à polícia que o pai agia de forma violenta com a mãe e que durante a madrugada havia quebrado o telhado e portas da casa. Ainda de acordo com a criança, o homem, de 38 anos, ameaçou agredir a mulher com um caco de garrafa de vidro. Depois de ouvir as ameaças, ele acionou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), por meio do 190, e ficou aguardado a chegada da esquipe na esquina de casa, localizada na QR 619, no Samambaia.
Mulher confirmou que homem ameaçou arrancar e comer bebê
Ao chegarem no local, o homem foi encontrado junto com a vítima em um beco que dá acesso à casa. O suspeito foi preso, encaminhado à 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia, mas solto no mesmo dia por nã0 configurar prisão em flagrante. Com ele foi apreendido o pedaço de vidro usado nas ameaças contra a mulher.
À PMDF a mulher, de 39 anos, confirmou a versão do filho de 7 anos. Ela relatou que o homem ameaçou por diversas vezes arrancar o bebê da barriga dela com o caco de vidro, além de outras agressões. Ainda de acordo com ela, o ex-marido é dependente químico.
Ela pediu medidas protetivas de urgência.
Agressão contra mulher
Em agosto deste ano, a Lei Maria da Penha completará 13 anos, e o número de caso de violência contra mulher ainda é crescente no Brasil. Só no primeiro semestre de 2018, foram registradas quase 73 mil denúncias, de acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), que administra a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, o Ligue 180.
Segundo o relatório, as principais agressões denunciadas são cárcere privado, violência física, psicológica, obstétrica, sexual, moral, patrimonial, tráfico de pessoas, homicídio e assédio no esporte. As denúncias também podem ser registradas pessoalmente nas delegacias especializadas em crime contra a mulher.