O pai de santo e professor universitário Oli Santos da Costa, de 62 anos, foi preso nesta sexta-feira (5/7). Oli é suspeito de abusar sexualmente de três menores de idade durante “atendimentos espirituais”, em que o pai de santo alegava estar incorporado por uma entidade. Após tomar conhecimento da denúncia, a autoridade policial representou pela prisão preventiva do investigado, ante a gravidade dos fatos.
A prisão foi efetuada pela equipe da Delegacia de Proteção à Criança e o Adolescente (DPCA). Segundo apuração policial, o pai de santo praticou violação mediante fraude com uma menor de 15 anos, desde quando ela possuía 14, de uma menina de 19 anos, desde quando ela possuía 16 anos, além de importunar sexualmente uma menor de 17 anos. Segundo as vítimas, o autor usava o argumento de que as práticas sexuais era necessárias para a elevação espiritual delas.
As vítimas narraram, ainda de acordo com a Polícia Civil, que na maioria dos abusos, elas estavam emocionalmente abaladas e ficavam sem reação. O inquérito será concluído ainda essa semana e remetido ao Poder Judiciário tempestivamente.
A polícia esclareceu que o mandado de prisão é relativo ao crime praticado contra as menores. Os crimes contra as vítimas maiores está sob atribuição da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) Noroeste.
Os casos de abuso sexual praticados pelo pai de santo de Goiânia
Várias mulheres, incluindo menores de idade, procuraram a polícia numa quarta-feira (26/6) acusando Oli dos Santos de abusar sexualmente delas, alegando “tratamentos espirituais”. O pai de santo teria feito, no mínimo, 12 vítimas.
Conforme a delegada Cássia Sertão, nas denúncias que chegaram à polícia, o pai de santo, que realiza atendimentos espirituais no Setor Balneário Meia Ponte, em Goiânia, alegava “incorporar entidades” para manter relações sexuais com as vítimas. “Várias frequentadoras do centro espiritual alegaram que ele [o suspeito] se aproveitava da posição de líder espiritual para cometer os abusos”, revela a delegada.
De acordo com ela, as vítimas contaram que o pai de santo dizia que “a entidade era quem pedia para manter relações” com elas.