O Ministério da Educação (MEC) anunciou na última quarta-feira (3/7) que a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizada de forma totalmente online até o ano de 2026. No entanto, até 2020 o Enem Digital, como está sendo chamado, terá uma versão piloto optativa para 50 mil candidatos, em 15 capitais do país. De acordo com o MEC, os planos são que até 2026 as provas impressas deixem de existir.
A versão digital do Enem possibilita novas questões nas provas, de maneira mais tecnológica, com o uso de vídeos, infográficos e questões de lógicas diferentes. De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o processo de digitalizar a prova acompanha a evolução e o que está sendo feito no restante do mundo, além de gerar mais economia com o fim das impressões das provas em folhas de papeis.
Para o MEC, além da economia com as impressões, o Enem Digital tem a vantagem na rapidez da correção. Segundo o ministro, o candidato terá a facilidade de receber a prova no celular e comprovar se houve algum erro. A redação também será realizada pelo computador, digitada.
A ideia do projeto é oferecer diversas aplicações da prova a partir de 2020, para que a transição seja feita de forma gradativa. Outra novidade do Enem Digital é que o aluno poderá escolher a cidade e o dia melhor para realizar o processo seletivo. Caso algum problema ocorra no dia da avaliação, será possível direcionar as pessoas para uma reaplicação futura.
Enem Digital pode ser mais seguro
De acordo com o professor Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), o Enem Digital não é imune à fraude, mas é mais seguro. Por ser aplicado em um computador, as provas não precisam ser transportadas de um local para o outro, o que pode reduzir os números de ataques.
O professor afirma que as máquinas usadas na aplicação das provas passam por processos de seguranças. Dessa maneira, é garantido que nenhuma cola seja instalada no computador e que ninguém de fora possa acessar a máquina.